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Polícia

Seção Antissequestro passa a investigar sumiço de líder comunitário

Sinezio Ferreira da Silva Júnior está desaparecido desde o dia 15, quando foi colocado em um carro por pessoas com farda da polícia


Seção Antissequestro passa a investigar sumiço de líder comunitário Sinezio

A Seção Antissequestro, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), começa, nesta semana, a investigar o que pode ter motivado o sequestro do líder comunitário e estagiário da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Sinezio Ferreira da Silva Júnior, de 33 anos.

Ele está desaparecido desde o dia 15 de fevereiro, quando saiu do bairro de Ipioca, informando que encontraria um "amigo" para a troca de um chip de aparelho celular, no Benedito Bentes. Desde então, nenhuma notícia do paradeiro dele foi confirmada.

O delegado Sidney Tenório, responsável pela Seção Antissequestro, da Polícia Civil, informou que deve se reunir, ainda esta semana, com o delegado Robervaldo Davino, do 6º Distrito Policial (DP), que, até agora, está apurando o caso, mas pediu a colaboração da DEIC por interpretar que se trata de um sequestro.

"Vou receber a demanda e sequenciar a investigação que já foi iniciada. Preciso saber o que foi apurado até o momento e dar alguns encaminhamentos direcionados no sentido de tratar o caso como um sequestro", destacou o delegado Sidney Tenório.

Ele alertou que tem se deparado com casos que, na verdade, estão se configurando numa nova modalidade criminosa, que tenta esconder a materialidade de um crime letal, por exemplo. A polícia tem atuado no sentido de identificar os bandidos e coibir este tipo de prática.

Uma das missões do delegado será confirmar se o sequestro de Sinezio tem relação com outro crime, ocorrido recentemente, em que a vítima foi levada por pessoas que vestiam uniformes usados pela polícia. Testemunhas informaram que o estagiário da SSP foi colocado em um carro por um grupo encapuzado e que trajava farda.

"Situações bem parecidas com estas estão sendo tratadas como sequestro. No entanto, as facções criminosas estão atuando para que a Polícia Civil fique sem a possível materialidade de um homicídio, por exemplo. Vamos agir, no caso do Sinezio, para que não seja mais um caso para a estatística", garantiu.

Davino adiantou que a pessoa que teria chamado a vítima para fazer a troca do chip de celular é suspeita de envolvimento no crime, mas a situação continua sendo investigada.

Enquanto a apuração é aprofundada, os familiares de Sinezio vivem angustiados e temerosos. Eles passaram a receber ameaças de desconhecidos, desde que apelaram aos meios de comunicação em busca de informações do paradeiro do rapaz.

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