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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF) relembraram em suas redes sociais os atos golpistas ocorridos em Brasília em 8 de janeiro. A invasão e depredação das sedes dos três Poderes promovida por bolsonaristas radicais completa um mês nesta quarta-feira (8). Em mensagens nos perfis das redes, Lula fala em justiça e punição aos envolvidos. O STF, que teve o prédio mais atingido, mostrou o trabalho de restauração.Lula fez duas publicações em seu perfil compartilhando o mesmo vídeo, de cerca de 5 minutos. As imagens resgatam momentos da invasão e da destruição ao Palácio do Planalto. As falas de Lula exibida no vídeo mostram declarações do presidente à imprensa e em solenidades, nas quais aponta negligência de agentes de segurança e cobra rigor nas investigações. "A democracia é o patrimônio mais precioso da população brasileira. E a justiça será firme contra quem tentar tirá-la do povo", diz Lula em uma das mensagens que antecede o vídeo.O STF mostrou a restauração de parte dos objetos destruídos durante a invasão, como o brasão da República e da escultura em bronze da "A Justiça", além de pinturas históricas. "Há um mês o STF foi atacado e, apesar da destruição, não se abalou e já está tudo funcionando normalmente", diz a publicação.InvestigaçãoNos dias seguintes aos atos, ao menos 1.420 pessoas foram presas. Parte delas foi ouvida e liberada. Até agora, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncias contra 653 pessoas acusadas de envolvimento nos atos. As investigações estão organizadas em quatro núcleos para identificar e responsabilizar quem idealizou os atos, quem os financiou, os executores e a participação ou omissão de autoridades públicas. Os processos estão sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do STF.A Polícia Federal (PF), por sua vez, já colocou nas ruas cinco fases da Operação Lesa Pátria. Na etapa mais recente, deflagrada nessa terça-feira (7), foi preso o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.Ainda no domingo em que as invasões ocorreram, o governo federal declarou intervenção na Segurança Pública do DF, órgão responsável pela segurança da Praça dos Três Poderes. Ao final da intervenção, em 31 de janeiro, o interventor Ricardo Cappelli apresentou relatório em que apontou omissão de autoridades e falhas no esquema de segurança.O governador do DF, Ibaneis Rocha, continua afastado do cargo, por determinação do STF. O ex-secretário de Segurança Anderson Torres, também ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, segue preso por suspeita de omissão.Terroristas atacam Planalto, STF e CongressoGabriela Bila /Folhapress