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Após denúncias de corrupção, Banpará diz não haver irregularidades que gerem prejuízo financeiro


Segundo o banco, “não foram observadas irregularidades que possam ensejar prejuízo financeiro ou risco legal e operacional ao Banco, ou que coloquem em risco a liquidez ou a continuidade das operações da instituição” O Banco do Estado do Pará (Banpará) divulgou comunicado ao mercado após o Valor noticiar que o Ministério Público do Pará abriu procedimento para investigar eventual caso de corrupção no banco. Segundo o Banpará, “não foram observadas irregularidades que possam ensejar prejuízo financeiro ou risco legal e operacional ao Banco, ou que coloquem em risco a liquidez ou a continuidade das operações da instituição”.

O banco ainda “garante o seu compromisso com a ética e as boas práticas de governança e se compromete a contribuir para uma apuração imparcial e objetiva, adotando todas as providências cabíveis para a transparência do processo”.

O Valor noticiou em 16 de janeiro que denúncias anônimas recebidas pelo conselho de administração do Banpará afirmavam que a presidente da instituição, Ruth Mello, teria favorecido a empresa Lanlink Soluções em licitações. A empresa é representada no Estado por Celso Penalber, companheiro da executiva.

Relatório elaborado pelo comitê de auditoria do banco diz que não foi possível comprovar tratativas ou concretização do recebimento de propina. Ainda assim, o órgão concluiu que houve falta de zelo na adoção de boas práticas de governança corporativa, de gestão de riscos e controles internos e de mecanismos de proteção aos acionistas. “São ações que infringem os princípios da impessoalidade, legalidade, integridade, moralidade, igualdade, publicidade, vinculação ao instrumento convocatório, obtenção de competitividade e probidade administrativa”, diz o documento.

Na ocasião, a Lanlink informou ao Valor que todos os processos envolvidos no contrato com o Banpará, desde a licitação por meio de pregão eletrônico, o cumprimento das obrigações e a sistemática de pagamento pelo objeto da prestação de serviços estão dentro das normas legais e previsões contratuais.

“Atendemos o Banpará desde 2005 com dezenas de contratos e serviços prestados e soluções entregues ao longo desses 17 anos de atuação, sem qualquer mácula ou vínculo a qualquer administrador ou gestor público. Nossa atuação sempre foi e será técnica, buscando entregar a melhor solução aos clientes, com total comprometimento e dentro do que está preconizado nos contratos acordados.”

O escândalo no Banpará também está sendo investigado por outras autoridades. O Ministério Público Federal (MPF) informou que no fim de novembro recebeu representação (denúncia) com solicitação de apuração do tema. “A documentação aguarda análise inicial de membro do MPF.”

Divulgação

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