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Jornal da Manhã

Vivendo "o pior momento da pandemia", São Bernardo do Campo adotará toque de recolher

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O retorno das aulas presenciais em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, foi novamente adiado. Inicialmente, a previsão era que a volta às aulas aconteceria no dia 1º de março. No entanto, com o avanço da Covid-19 no município e os altos índices de ocupação dos hospitais, a Prefeitura determinou novo adiamento nas escolas públicas e privadas. Além disso, a cidade deve adotar toque de recolher a partir do próximo sábado, 27, medida que também busca frear a contaminação pelo coronavírus, explica o prefeito da cidade, Orlando Morando (PSDB). “Entre a rede pública e privada, entre alunos, educadores e funcionários terceirizados, estaríamos movimentando em torno de 200 mil pessoas. Só de alunos seria perto de 180 mil. Se precisamos manter distanciamento, considerando que a variante [de Manaus] pode já estar no nosso município, essa mobilização da rede de educação é uma das mais intensas. E esse toque de recolher é para ter controle melhor das atividades noturnas, que é onde temos a maior dificuldade de fiscalização.”

Orlando Morando considera que São Bernardo do Campo vive, nesse momento, o “pior momento da pandemia”. Atualmente, a taxa de ocupação de leitos na rede pública da cidade é de 87%, enquanto na rede privada chega a 91%, o que coloca, segundo o prefeito, o sistema de saúde “muito perto da estrangulação”. “É o pior momento, nem no primeiro pica da primeira onda, meados de julho e agosto, chegamos à ocupação perto do que estamos vivenciando nos últimos dias”, disse. A restrição de circulação de pessoas entra em vigor no próximo sábado e terá duração por tempo indeterminado e será imposta das 22h às 5h, sendo permitido o funcionamento apenas de farmácias e serviços hospitalares durante o período. Da mesma forma, o deslocamento de habitantes deve acontecer apenas em casos de emergência e indústrias com turnos noturnos deverão ajustar os horários de entrada e saída dos funcionários para respeitar o decreto.

“São medidas para conter o avanço da pandemia e garantir assistência hospitalar para todos que precisarem no município”, reforçou Morando, citando que a restrição também será efetiva para diminuir a contaminação pela doença causada em pequenas reuniões familiares. “A medida do toque de recolher também é uma forma de conter as pequenas e médias festas entre famílias onde o nosso comitê identificou uma transmissibilidade muito grande. As pessoas perderam o medo, o neto voltou a frequentar a casa do avô, os filhos estão visitando mais os pais. São eventos de 15 ou 20 pessoas que também serão contidos não apenas nos finais de semanas, mas durante toda semana. É uma restrição necessária considerando a ocupação que chegou ao município de São Bernardo do Campo”, disse. Até o momento, a cidade já vacinou, de acordo com o prefeito, 44.173 pessoas contra a Covid-19. Segundo Morando, o município, que tem quase 900 mil habitantes, aguarda novas remessas de imunizantes para ampliar a vacinação. A expectativa é que novas doses da CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, sejam recebidas ao longo da semana.

Fonte: Jovem Pan

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