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Haddad diz que agentes econômicos estão confiantes de que se está convergindo para a meta de inflação


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o teto de gastos, apesar de "soar bem", é "inexequível". "É sempre essa cautela em ser crível e confiável, em buscar algo exigente, demandante, mas que é exequível", disse.

Haddad avaliou que, no caso do Brasil, os agentes econômicos estão confiantes de que se está convergindo para a meta de inflação.

"Isso tem que ser observado pelo CMN [Conselho Monetário Nacional]. Todo mundo prefere uma inflação mais baixa do que mais alta", ressaltou.

"Apesar da meta apertada, tem uma chance de a gente estar dentro da banda, que é relativamente alta no Brasil, que é de 1,5 ponto percentual. Então às vezes você olha para os 3,25% mas não olha para a banda. Tudo isso tem que ser ponderado com sobriedade e olhando para o mercado e qual é o comportamento dos preços, as chances de se convergir para uma inflação mais baixa, que é sempre o mais desejável", concluiu.

Autonomia do BC

Haddad afirmou ainda que a lei de autonomia do Banco Central (BC) "está aí e está sendo cumprida" pelo governo atual.

"Sobre a independência do BC, eu entendo que o Roberto Campos Neto deu uma declaração muito feliz, quando ele interpretou de forma generosa o que disse o presidente Lula. Que foi basicamente o seguinte: você pode ter um BC independente sem que a lei tenha sido estabelecida como aconteceu no governo dele", ressaltou.

"A lei é passo importante na direção da independência, mas ela por si só não garante a independência, é preciso cobrar", pontuou.

Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o presidente do BC em sua gestão "ficou oito anos sem ninguém se imiscuir nos assuntos internos" da autoridade monetária.

"Uma coisa é criticar, outra coisa é ter ingerência interna, isso não aconteceu nos oito anos do governo Lula. A lei está aí e está sendo respeitada neste governo. Mas a garantia de independência é uma coisa na prática", reforçou.

Haddad afirmou que várias agências públicas "que deveriam ser mais independentes do que são" às vezes são capturadas pelo governo ou pelo setor privado.

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