O advogado da família do arapiraquense Marcelo Barbosa Leite, que morreu depois de ser atingido por um tiro de fuzil disparado por um policial do 3° Batalhão, participou da reprodução simulada do caso nessa segunda-feira, 16, e relatou ao TNH1 que houve contradições entre as versões apresentadas pelos PMs das duas guarnições envolvidas na abordagem que vitimou o empresário.
De acordo com o advogado Leonardo de Morais, policiais de uma das guarnições afirmaram durante a reprodução que não viram o empresário com arma em mãos, ao contrário do que teria relatado os militares da outra equipe.
"Eles insistem em continuar dizendo que havia uma arma de fogo no assoalho do carro. A primeira viatura disse que chegou a visualizar Marcelo empunhando a arma de fogo e, por isso, justificou o disparo. Porém, a segunda viatura disse que não viu Marcelo empunhando a arma. Essa segunda guarnição disse que só viu a arma no assoalho do carro quando o Marcelo estava no chão e ensanguentado. Eles entraram em contradição", contou Leonardo.
Ainda segundo o advogado, a reprodução daquela fatídica abordagem policial pode esclarecer algumas versões apresentadas durantes depoimentos colhidos pela polícia.
"Conseguimos esclarecer muita coisa. Na verdade, diante das versões apresentadas e exames feitos, essa reprodução serve para confirmar principalmente que quando o disparo foi feito o carro do Marcelo já havia passado pelas guarnições. Foi um disparo de fuzil que transfixou a mala do carro, pegou no banco do motorista e atingiu Marcelo. E foi um tiro fatal", completou Leonardo.