Os colegas jornalista, inclusive aqui do CM, vêm registrando a crise interna no PT local.
O tema tem, sim, importância e é antigo, insistindo sempre nos mesmos pontos não resolvidos.
O PT é o maior partido de centro-esquerda do país (e só é "comunista" na visão dos fanatizados, com a mente dos destruidores de Brasília) e, ao contrário do que acontece nos demais estados nordestinos, por aqui não cresce há muito tempo e não consegue revelar novas lideranças.
A única figura política da legenda que chegou a uma posição política majoritária em Alagoas foi Heloísa Helena, hoje odiada – visceralmente – pelos petistas locais.
O grupo que controla o partido é o mesmo há muito tempo, ainda que mantido no cume do poder pelas instâncias partidárias – que também pouco se renovam.
A questão ganha mais importância agora, quando se avizinham as indicações para os cargos federais em Alagoas, até porque Lula tem uma margem mínima para errar.
E toda a capilaridade da máquina estatal tem de trabalhar para qualificar o governo democrático que se está apenas se iniciando. Não dá mais para pensar em atender apenas os "companheiros e companheiras" da mesma corrente, principalmente quando não são os melhores para a coletividade.
O embate de agora, que empurra o federal Paulão e o estadual Ronaldo Medeiros para lados opostos – eles caminham para o rompimento –, pode até não resultar em nada, de novo, mas nunca foi tão evidente que as divergências históricas e insanáveis no pequeno PT alagoano são crônicas e se agudam pelos mesmos motivos.
O Brasil precisa, sim, de um partido progressista forte, e o conservador Alagoas mais até que os demais estados nordestinos, pela visão social que o PT carrega.
Uma pergunta para os dirigentes petistas locais: por que o partido de Lula, a maior liderança política do país, não consegue, praticamente, atrair a atenção e a militância da garotada que pode lhe garantir oxigênio e vida longa?
Será que esqueceram até de cantar Coração de estudante?