O senador Jean Paul Prates deve encontrar obstáculos na confirmação de seu nome para o conselho da Petrobras. A indicação já foi feita pelo Ministério de Minas e Energia, mas ele precisa ser aprovado pela Lei das Estatais e pelo estatuto social da Petrobras. Prates é sócio de cinco empresas privadas, quatro delas de óleo e gás e uma de advocacia. Mesmo assim, ele garante que não haverá conflito de interesses. Em 2022, o governo Bolsonaro tentou emplacar o economista e Adriano Pires para presidir a Petrobras, o que acabou não acontecendo por ele prestar consultoria para empresas nacionais e estrangeiras dos setores de energia, petróleo e gás natural, tendo sido recusado pelas normas da estatal. Só então, o governo Bolsonaro buscou o nome do último presidente, Caio Paes de Andrade. Ele renunciou ao cargo na última semana antes do final do seu mandato, que terminaria em abril. A renuncia já foi aceita pelo Conselho da empresa. No final do ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou mudanças na Lei das Estatais, o que facilitaria a entrada de Prates na presidência da Petrobras, mas o tema ainda não foi pautado no Senado Federal. Até lá, dois órgãos consultivos vão avaliar as questões normativas para a entrada de Prates no cargo e, caso ele seja aprovado, poderia assumir a Petrobras já neste mês de janeiro. A palavra final, apesar do trabalho dos órgãos consultivos, é do Conselho da petrolífera brasileira. Por enquanto, o Conselho escolheu um diretor da área de desenvolvimento da estatal, João Henrique, para atuar como presidente interino.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
Jovem Pan