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Ata do Fed deve esclarecer temores de mais pressão inflacionária

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Perspectiva mais recente do BC dos EUA não bate com a dos analistas de Wall Street, que têm sido mais otimistas nos últimos meses, à medida que as pressões sobre os preços começam a diminuir O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve detalhar por que está preocupado que pressões inflacionárias fortes possam persistir na economia americana no novo ano.

Na conclusão da reunião de 13 a 14 de dezembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), os formuladores de política monetária dos EUA publicaram novas projeções que apontam para inflação mais alta do que estimavam anteriormente para o final de 2023. Isso levou a uma ampla expectativa no mercado de que os juros precisam subir acima de 5% em 2023.

O Fed publica a ata da reunião nesta quarta-feira às 14h de Washington (16h de Brasília). As autoridades previram a inflação no fim de 2023 em torno de 3,1%, ante 2,8% na estimativa trimestral anterior, divulgada em setembro. A perspectiva mais recente do Fed não bate com a dos analistas de Wall Street, que têm sido mais otimistas nos últimos meses, à medida que as pressões sobre os preços começam a diminuir.

Em sua coletiva de imprensa pós-reunião, o presidente Jerome Powell vinculou o pessimismo inflacionário do BC americano à força contínua do mercado de trabalho, e apontou para os preços de serviços em particular.

“O aumento da previsão de inflação foi surpreendente porque parecia que a maioria dos economistas no mercado esperavam muito pouca mudança, e eu esperava que eles cortassem as previsões”, disse Kevin Cummins, economista-chefe dos EUA da NatWest Markets em Stamford, Connecticut. “Parece que há uma visão mais consensual de que eles precisam ultrapassar 5% do que certamente eu teria imaginado”, disse em relação ao pico de juros.

O Fed entra em 2023 com muita determinação de assegurar a vitória na guerra contra a inflação, que em 2022 atingiu os níveis mais altos em quatro décadas e começou a cair nos últimos meses do ano. O banco central começou a elevar sua taxa básica de juros de quase zero em março, o que muitos criticaram como um início tardio do ciclo de aperto. Em seguida, acelerou o ritmo com aumentos agressivos durante boa parte do resto do ano, elevando a taxa básica efetiva para 4,3% — o maior nível desde 2007.

Na reunião de dezembro, os dirigentes do Fed optaram por um aumento de meio ponto percentual, após quatro altas de 0,75. Mas eles também sinalizaram mais 0,75 ponto percentual de alta neste ano — mais do que os observadores do Fed esperavam, dadas as leituras de inflação mais baixas nos últimos meses.

Prédio do Federal Reserve em Washington

Patrick Semansky/AP

Fonte: Valor Invest

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