O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou nesta terça-feira, 13, de um evento organizado pelo PicPay e garantiu que permanecerá à frente da instituição até o fim do seu mandato, no ano de 2024. De acordo com o mandatário monetário, a agenda do BC não será alterada em decorrência da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O Banco Central tem autonomia. Eu fico no cargo mais dois anos. Grande parte dos projetos do BC não é de um presidente ou de uma equipe, é da instituição. Eu peguei um legado muito bom do meu antecessor, que construiu vários caminhos, várias pontes”, considerou. No entendimento de Campos Neto, a agenda de inovação do BC seguirá um rumo de digitalização e que é fundamental “não perder esse caminho”. “Acho que, na outra parte, pode haver mais adaptações. Nessa parte, na visualização do que é o futuro financeiro, vejo que é um pouco independente. Minha resposta é de que não vai mudar com o novo governo. Precisamos de melhorias”, pontuou. Uma das inovações apontadas por Campos Neto é a carteira digital do cidadão, que irá concentrar todas as informações financeiras dos brasileiros. Segundo o executivo, a implementação do Pix – sistema de pagamento instantâneo – é o começo desta política que deverá ser viabilizada em até um ano e meio. “Se você quiser fazer uma operação de Pix via crédito,[…] muito provavelmente os bancos já vão aparecer com a oferta de crédito on-line, com a taxa de crédito para aquela operação. Vai ter uma competição on-line por isso. Você vai ter duas carteiras: o Pix, que vai ser o integrador da carteira do dinheiro físico. E vai ter a carteira digital. Você vai apertar um botão e vai ter todo o seu cash flow, tudo o que você deve em todos os bancos, todos os ativos e todos os passivos de forma centralizada”, disse o executivo.
Jovem Pan