O G7, grupo das economias mais industrializadas do mundo, começa nesta sexta-feira, 19, uma reunião virtual que é liderada pelo Reino Unido. Até os principais líderes do planeta se renderam às chamadas eletrônicas nestes tempos pandêmicos. A expectativa é de que os chefes de governo do G7 possam se encontrar pessoalmente na Inglaterra no próximo mês de junho. Para que isso seja possível, as campanhas de vacinação precisam avançar nas próximas semanas. E o principal tema do encontro de hoje é justamente esse: como evitar que a Covid-19 aprofunde ainda mais o abismo que separa países ricos das nações menos privilegiadas.
Como líder do G7 neste ano, Boris Johnson vai tomar a dianteira e anunciar uma grande doação de vacinas para países mais pobres. Ainda não se sabe ao certo quantas doses os britânicos vão disponibilizar — a ideia é repassar o excedente comprado pelo país. A Grã Bretanha é um dos líderes globais na aquisição e aplicação de vacinas contra o Covid-19. O país, que tem população de 66 milhões de pessoas, já comprou mais de 400 milhões de doses. Calcula-se que os britânicos vão acabar usando a metade disso, considerando as doses de reforço e as atualizações das novas variantes.
Mas é difícil saber com precisão porque as mutações do vírus ainda estão sendo estudadas. Londres promete anunciar quantidades exatas e o calendário das doações ao longo deste ano. Mais de 17 milhões de britânicos já receberam pelo menos a primeira dose da vacina. As projeções feitas indicam que toda a população terá recebido as duas doses do imunizante até agosto. A Grã Bretanha também já doou o equivalente a mais de R$ 4 bilhões para o Covax, programa da ONU que está organizando a distribuição de vacinas para os países mais pobres.
Cerca de 130 nações ao redor do mundo ainda não iniciaram suas campanhas de vacinação contra a Covid-19, o que dá a dimensão do problema numa escala global. O presidente da França, Emmanuel Macron, defende que os mais ricos enviem de 4% a 5% dos seus estoques de vacinas para esses países em dificuldades. Mas a verdade é que, mesmo os europeus, continuam com problemas e hoje são poucas as nações que estão imunizando em ritmo acelerado.
Jovem Pan