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De julho a setembro foram vendidos 2,18 milhões de computadores, uma queda de 5% em relação ao mesmo período de 2021 e de 10% frente ao segundo trimestre desse ano As vendas de computadores pessoais (PCs) no Brasil recuaram 5% em unidades e 23% em faturamento no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, informou hoje a consultoria IDC Brasil.De julho a setembro foram vendidos 2,18 milhões de computadores, uma queda de 5% em relação ao mesmo período de 2021 e de 10% frente ao segundo trimestre desse ano.A receita total do mercado de computadores no terceiro trimestre de 2022 foi de R$ 7,55 bilhões, cerca de 23% menor em relação ao mesmo período do ano passado.Segundo o estudo “IDC Brazil PCs Tracker 3Q2022” apesar da queda de preços das máquinas na comparação com o terceiro trimestre de 2021, houve queda de 17% nas vendas de PCs no varejo para 1,12 milhão de máquinas comercializadas, refletindo o cenário de inflação e taxas de juros altas.Os preços médios dos computadores de mesa (desktops) e notebooks foram de R$ 3.420 e R$ 3.470, respectivamente, com redução de 2% nos preços de desktops e de 22% em notebooks.“Durante o trimestre, os fabricantes aproveitaram algumas regalias fiscais, a relativa melhora do cenário macroeconômico e as estratégias de preço agressivas dos varejistas para reduzir os preços e tentar performar melhor”, disse Reinaldo Sakis, gerente de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil, em comunicado.O mercado corporativo, incluindo empresas e órgãos públicos, comprou 1,06 milhão de PCs entre julho e setembro, crescimento de 12% em relação ao terceiro trimestre de 2021, impulsionado por antecipação de compras pelo governo devido ao ano eleitoral.O total de 1,59 milhão de notebooks vendidos no terceiro trimestre representou uma queda de 14% na comparação anual. No mesmo período, os fabricantes venderam 585 mil desktops, alta de 35%.Para a IDC Brasil, a queda de 5% no 3º trimestre indica uma leve retração do mercado de PCs no restante do ano em relação a 2021. “A deterioração econômica global pressiona muito o Brasil, impactando principalmente os juros e a inflação. Há também de se pesar o contexto das eleições, que mobiliza a sociedade e impacta as decisões de investimento das empresas”, diz Sakis.Vendas de notebooks no terceiro trimeste caíram 14%Unsplash