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Vice-presidente eleito afirmou que a ideia é ter a participação de jogadores de futebol e artistas conhecidos para ajudar no convencimento da população O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, afirmou na noite deste domingo (4) que o governo Lula terá como prioridade iniciar uma grande campanha de vacinação contra a covid a partir de 2 de janeiro.Alckmin, que coordena o grupo de transição, se reuniu neste domingo com integrantes da equipe da área da saúde no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Segundo ele, o grupo indicou a ampliação da cobertura vacinal como prioridade do novo governo."É a prioridade do grupo de transição, é fundamental que a gente desenvolva uma grande campanha de conscientização pela vacinação. Essa ação vai envolver o trabalho de vários ministérios, da sociedade civil. Vamos chamar artistas e lideranças para nos ajudar nessa grande campanha", disse o vice-presidente.Ele afirmou que a ideia é ter a participação de jogadores de futebol e artistas conhecidos para ajudar no convencimento da população.Em meio a mais uma onda de aceleração da covid, o país enfrenta baixa cobertura vacinal entre as crianças. Dados do governo federal mostram que cerca de 70% das crianças de 5 a 11 anos receberam a primeira dose - apenas 50% receberam a segunda dose.O percentual é ainda menor entre crianças de 3 e 4 anos, 18% receberam a primeira dose e pouco mais de 6%, a segunda."Precisamos conscientizar a população e mostrar que não há nada mais triste do que perder um filho ou uma filha, ainda mais para doenças que podem ser evitadas com vacina", disse Alckmin.Segundo ele, a ação será coordenada com outros ministérios porque a exigência da vacinação está atrelada ao acesso a outros serviços e programas, como por exemplo a matrícula em escolas ou ao recebimento do Bolsa Família."O Brasil era um exemplo para o mundo com seu protocolo e adesão à imunização. De repente, as pessoas deixaram de tomar vacina e não podemos deixar que isso se mantenha. Vamos trabalhar para que a vacinação esteja vinculada a outros programas", disse Alckmin, sem informar se haveria alguma nova vinculação.Pela lei, as escolas são obrigadas a exigir a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes no ato da matrícula. Elas, no entanto, não podem se recusar a receber alunos que não tenham sido vacinados. Neste caso, elas devem acionar o Conselho Tutelar ou outros órgãos de controle.Pela lei que criou o Bolsa Família, assim como ocorreu também com o Auxílio Brasil, a vacinação em dia das crianças de até 6 anos é requisito básico para a família manter o benefício. O que ocorre é que não há acompanhamento.Alckmin afirmou ainda que o grupo de trabalho defendeu a importância da aquisição de vacinas de maneira antecipada. No entanto, não deu mais detalhes qual será a logística adotada.Participaram da reunião deste domingo Roberto Kalil Filho, professor da USP e médico do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, além de Giovanni Guido Cerri, Miguel Srougi, Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, Fábio Jatene, Claudio Lottenberg, Drauzio Varella, Linamara Battistella e Milton Arruda. José Medina Pestana participou de maneira remota.