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Veja como o sucesso do Brasil na Copa do Mundo de 2022 pode afetar as contas do país


Venda de direitos econômicos de atletas tem impacto no balanço de pagamentos O sucesso do Brasil nos gramados do Catar na Copa do Mundo também pode ter reflexos positivos para as contas externas do país.

Sim, isso mesmo. Com a conta que registra todas as transações do Brasil com o exterior.

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Isso porque as negociações dos direitos econômicos de um atleta para o exterior também fazem parte do balanço de pagamentos.

Da Copa de 1998, na França, para cá, o Brasil sempre arrecadou mais no ano seguinte (período de janeiro a outubro) ao Mundial que no ano do torneio com a negociação de atletas, com uma única exceção: em 2019, após a derrota na Rússia nas quartas-de-final para a Bélgica.

Esse impacto nas contas, é preciso admitir, não é grande, já que o balanço de pagamentos envolve montantes de bilhões de dólares, mas não é irrelevante. Em seu melhor resultado para um período de janeiro a outubro, em 2018, as negociações de atletas para o futebol do exterior renderam US$ 362 milhões. Nos dez primeiros meses deste ano são US$ 240 milhões.

O efeito que uma boa Copa pode ter na venda dos direitos dos jogadores vai além dos 26 convocados por Tite, até porque apenas três deles jogam no futebol brasileiro: o palmeirense Weverton e os flamenguistas Éverton Ribeiro e Pedro.

Os astros são a parte mais visível (e, muitas vezes, lucrativa) dos negócios do futebol, mas a maior parte dos jogadores que vai para o exterior é desconhecida.

No ano passado, 1.749 jogadores brasileiros foram envolvidos em transferências internacionais, segundo relatório anual da Fifa. Só para Portugal, o principal destino, foram 274 atletas.

Esse número representa um declínio em relação aos vistos em 2020 (com 2.008 transferências), mas ainda assim o Brasil tem uma liderança folgada em relação a outras potências do futebol mundial, já que nenhuma delas superou as mil transações nos últimos dez anos. Em 2021, depois do Brasil vieram Argentina (896), Reino Unido (837) e França (772).

A conta, porém, muda quando passa a ser financeira. Pelos cálculos da Fifa, as transferências envolvendo brasileiros (não só aqueles que atuam no Brasil, mas no exterior também) somaram US$ 468 milhões no ano passado e pela primeira vez o país não liderou o ranking – foram US$ 734 milhões. O dinheiro gasto com jogadores franceses totalizou US$ 644 milhões no ano passado.

Para os atletas que atuam nos grandes clubes, a visibilidade para o exterior é garantida, independentemente do resultado da seleção. É claro que atletas como Gilberto Silva e Kléberson se beneficiaram com o seu desempenho no penta em 2002 para partir para Arsenal e Manchester United, respectivamente, mas essa situação é cada vez mais rara. Na Copa do Japão-Coreia do Sul, quase metade dos convocados atuava no Brasil.

Mas para os que que jogam em times pequenos esse desempenho pode fazer diferença. Em ligas menores no exterior, ter um jogador de uma seleção campeã do mundo ainda é sinal de prestígio.

Gol de Richarlison na estreia do Brasil na Copa do Mundo contra a Sérvia

Lucas Figueiredo/CBF

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