Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

valor

ETF alavancado queima US$ 20 bi com apostas em ações tech

Imagem de destaque da notícia
Perdas são um lembrete dos riscos para quem vai à caça de pechinchas e especula com produtos que tentam ampliar o desempenho de um ativo subjacente Investidores que apostaram bilhões na recuperação das gigantes de tecnologia amargam perdas enormes no maior ETF (fundo de índice) alavancado de Wall Street.

O ProShares UltraPro QQQ ETF, um fundo negociado em bolsa que visa oferecer três vezes o desempenho do índice Nasdaq 100, queimou cerca de US$ 20 bilhões até agora este ano, com o impacto do aperto monetário mais agressivo em décadas sobre ações de tecnologia caras. A cota do fundo, conhecido pelo código TQQQ, despencou 75% em 2022 .

O fundo atraiu cerca de US$ 10 bilhões de ingressos neste ano, com expectativas de que as ações tech que brilharam no mercado de alta se recuperariam. Mas o Nasdaq afundou, e ficou atrás do S&P 500 e do Dow Jones Industrial Average, à medida que o aperto monetário agressivo se mostrou cruel para empresas que eram negociadas a múltiplos altos.

As perdas do fundo são um lembrete dos riscos para quem vai à caça de pechinchas e especula com produtos que tentam ampliar o desempenho de um ativo subjacente.

A negociação desses veículos atingiu níveis recordes, à medida que investidores buscavam retornos maiores nos mercados voláteis de 2022. O boom chamou a atenção de reguladores, que avaliam regras mais rígidas e alertam investidores sobre os riscos do que chamam de “produtos complexos”.

“Comprar na baixa parou de funcionar assim que o Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA] começou a subir juros, e o TQQQ mostra que muitos não se deram conta disso”, disse Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg Intelligence.

O TQQQ começou 2022 com cerca de US$ 21 bilhões em ativos e, desde então, atraiu mais US$ 9,9 bilhões, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Mas, graças à natureza dos produtos alavancados e ao péssimo desempenho das ações de tecnologia, os ativos valiam cerca US$ 11 bilhões no fechamento de terça-feira (29 de novembro).

À medida que o Fed aumentou juros para domar o crescimento descontrolado dos preços, os efeitos reverberaram nos mercados. Yields (rendimentos) mais altos tiram o brilho de ações que parecem caras porque muitas delas são avaliadas com base em lucros projetados para daqui a muitos anos. O valor presente desses lucros futuros vale menos à medida que as taxas sobem.

AP Photo/Richard Drew

Fonte: Valor Invest

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis