Grande parte dos municípios da região Norte do Brasil são atendidos pelos Sistemas Isolados para geração de energia elétrica à população. São áreas que, devido às razões geográficas e de preservação ambiental, não são conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) de fornecimento. No Brasil, são 212 localidades isoladas, com cerca de 760 mil clientes, a grande maioria localizada nos Estados da região Norte, segundo dados da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
O maior impacto ambiental enfrentado para geração de energia elétrica nos Sistemas Isolados ainda é o uso do diesel fóssil por empresas geradoras na região. O combustível é altamente poluente, pois é rico em enxofre, que se torna ainda mais perigoso pelas condições climáticas da Floresta Amazônica. O enxofre em contato com atmosfera retorna em forma de chuva ácida ao solo, prejudicando todo o bioma da Amazônia.
Mas temos uma grande notícia, que já é realidade para boa parte da população nortista, atendida com uma energia elétrica 100% limpa, renovável e de baixo custo. Por trás dessa realidade está o trabalho da Brasil BioFuels (BBF), empresa brasileira que atua no agronegócio desde o cultivo sustentável da palma de óleo, trading, produção de biocombustíveis e geração de energia renovável.
Desde 2008, ano de sua fundação, a BBF assumiu a missão de mudar a matriz energética dos Sistemas Isolados do Norte do Brasil, criando empregos, gerando renda e ainda reduzindo o custo da eletricidade. A matriz, que passou a ser sustentável e limpa, substitui o uso de óleo diesel fóssil por biodiesel feito a partir do óleo de palma — a empresa é, inclusive, a maior produtora de óleo de palma da América Latina na atualidade — e segue ampliando seus objetivos a fim de contribuir para a transição energética do país e produzindo combustíveis renováveis para outras finalidades.
Atuando de maneira integrada, o Grupo BBF possui três unidades de negócios: BBF Agro, BBF Biocombustíveis e BBF Energia, aproveitando toda a cadeia produtiva, gerando renda e preservação ambiental. “O modelo de negócios verticalizado, dominando toda a cadeia produtiva, é uma forma de garantirmos a eficácia das soluções propostas e a preservação ambiental da Floresta Amazônica”, explica Milton Steagall, CEO da Brasil BioFuels.
Na prática, funciona da seguinte maneira: a empresa planta a palma de óleo, colhe e processa o fruto para extrair o óleo. A partir do óleo de palma, produz biodiesel — e, a partir de 2025, também os inéditos biocombustíveis diesel verde (HVO) e o combustível sustentável de aviação (SAF). Com o biodiesel já fabricado, a BBF gera energia elétrica renovável para dezenas de localidades isoladas da região Norte, substituindo combustíveis fósseis e descarbonizando a Floresta Amazônica. Assim, ela cumpre diretamente os três pilares estabelecidos desde o início do trabalho: compromisso com a preservação da floresta, geração de renda e desenvolvimento sócio-econômico.
A BBF desenvolve todas as suas atividades na mesma região, possuindo ativos nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. No Norte do Brasil, a palma de óleo pode ser cultivada de forma sustentável em abundância e tem a geração de energia elétrica alternativa como produto final da cadeia. É cultivada na região amazônica, recuperando áreas degradadas até 2007 e segue o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo, estabelecido pelo governo federal em 7 de maio de 2010 (decreto no 7.172).
“É possível levar uma energia mais limpa e barata para as populações dos Estados do Norte, recuperando o equilíbrio de áreas degradadas, empregando os moradores do campo e sem precisar trazer uma enorme quantidade de diesel fóssil do Sudeste do país. Basta pensar em novas fontes de energia que se adaptem bem ao clima da região Norte”, completa o executivo. Atualmente, os ativos da BBF totalizam mais de R$ 2,1 bilhões em investimentos e, nos próximos três anos, a perspectiva de investimento é de mais de R$ 5 bilhões em novos ativos.
BBF Energia: energia limpa no coração da Floresta Amazônica
A BBF Energia possui 38 usinas termelétricas em seu portfólio, com capacidade de geração de 238 MW, sendo 25 usinas em operação e 13 em implantação. Atualmente, a empresa atende cerca de 140 mil clientes, com 25 usinas termelétricas que geram 86,8 MW de energia elétrica limpa no coração da Floresta Amazônica. Todas as suas usinas operam com combustíveis renováveis, sendo eles biocombustíveis (biodiesel e óleo vegetal) e biomassa oriunda da palma de óleo. A BBF possui relação próxima e construtiva com as comunidades tradicionais das regiões onde atua. Vale destacar a atuação da empresa no Estado do Amazonas, onde gera energia elétrica limpa para comunidades indígenas que ali habitam. As equipes de operadores das duas usinas termelétricas localizadas nas comunidades do Feijoal e Belém do Solimões são compostas integralmente por indígenas, fazendo com que os empreendimentos também proporcionem desenvolvimento econômico e social na região.
Saiba mais sobre a atuação da BBF com as comunidades amazônicas
Nesse sentido, é importante ressaltar o caráter sustentável e favorável ao meio ambiente do modelo do negócio: a BBF consegue retirar mais de 106,4 milhões de litros de diesel fóssil anualmente da Amazônia, reduzindo em 90% a emissão de carbono na região e retirando cerca de 250 mil toneladas de carbono equivalente da atmosfera amazônica.
A BBF a única empresa que opera 100% com biodiesel B100 em substituição ao diesel fóssil, em escala comercial, nos Sistemas Isolados. “A Amazônia está intoxicada pela queima do diesel usado no transporte e na geração de energia elétrica para as comunidades isoladas. A missão da BBF é limpar o pulmão da Amazônia com energia limpa e renovável”, define Steagall. As usinas termelétricas da empresa, alimentadas com biodiesel de palma, são pioneiras na região.
Recentemente, a BBF inaugurou em São João da Baliza (RR) a primeira usina híbrida de geração de energia que combina biomassa e óleo vegetal, ambos advindos da palma de óleo. A nova usina termelétrica, que contou com aporte do Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), tem investimentos que somam R$ 166 milhões e capacidade total de 17,9 MW de geração de energia. “Com essa nova usina termelétrica, teremos o ciclo completo em nossa operação: plantamos, colhemos, esmagamos o fruto, produzimos biocombustíveis, geramos energia elétrica e, a partir de agora, vamos transformar a biomassa resultante em energia e eliminar, de forma adequada e produtiva, parte dos resíduos da nossa operação. É um modelo completamente sustentável”, reforça Steagall. Além dos benefícios energéticos e ambientais, o projeto irá gerar mais de 80 postos de trabalho diretos na região.
Para Steagall, a unidade de São João da Baliza é especial para a empresa por ser um projeto bastante inovador e também pela localização — cidade onde a BBF foi fundada e também a sede de sua matriz. “Nós iniciamos em São João da Baliza, em 2008, nosso projeto de produzir biocombustível de óleo de palma próximo ao grande mercado consumidor do Norte. Agora, temos a felicidade de entregar uma usina sustentável e inovadora para gerar energia para nossos vizinhos”, comemora o CEO do Grupo BBF. O projeto da BBF foi viabilizado por meio do Leilão de Energia 01/2019 para atender localidades de Roraima e solucionar parte do problema de segurança energética nesta região. “Atuamos no desenvolvimento sustentável do Estado há anos, conhecemos seu potencial, por isso viabilizamos um projeto de geração de energia que fosse renovável e independente, com os recursos da própria região”, conclui.
Fonte: Jovem Pan