O índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 1,16%, o FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,53%, o DAX, de Frankfurt, avançou 1,16% e o CAC 40, de Paris, registrou valorização de 1,04% As bolsas europeias fecharam em alta nesta sexta-feira (18), impulsionadas pelos bons resultados do setor de fundos de pensão do Reino Unido e pela melhoria — mesmo que pontual — da confiança do consumidor britânico. As bolsas da região terminaram a semana sem maiores preocupações com o pacote fiscal britânico, que projeta um cenário econômico para o Reino Unido, nem com os alertas dados por autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de que continuarão a elevar os juros.
O índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 1,16%, a 433,33 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,53%, a 7.385,52 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 1,16%, a 14.431,86 pontos, e o CAC 40, de Paris, registrou valorização de 1,04%, a 6.644,46 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 1,38%, a 24.675,18 pontos, e o Ibex 35, de Madri, avançou 1,08%, a 8.127,80 pontos.
Entre os setores do Stoxx Europe 600, a principal alta ficou com o setor de automóveis e peças, que teve valorização de 1,52%. O segmento de energia teve retração de 1,23%.
O setor de fundos de pensão no Reino Unido contribuiu para a alta das bolsas na Europa. As ações da gestora Legal & General subiram 3,08% com uma estratégia dos fundos de pensões de se protegerem contra as mudanças recorrentes dos títulos do Tesouro britânico, optando pelo investimento em ações, o que evitou que registrasse perdas durante o período de turbulência provocado pelo mini-orçamento da ex-premiê Lis Truss..
No front dos dados, foi divulgado o índice de confiança do consumidor no Reino Unido, medida pelo instituto de pesquisa GfK, que registrou um aumento em novembro pelo segundo mês consecutivo, refletindo em parte o fim da turbulência política provocado com a substituição do primeiro-ministro. Porém, espera-se que os ganhos no sentimento sejam de curta duração com o aumento nos custos de vida e uma piora nas perspectivas econômicas no médio prazo. O indicador de confiança econômica subiu para -44 pontos em novembro, ante os -47 pontos de outubro.
Além disso, o volume de vendas no varejo aumentou 0,6% no mês em outubro, na relação mensal, recuperando-se da queda revisada de 1,5% em setembro, segundo dados do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) nesta sexta-feira.
“Ninguém no Reino Unido será enganado pelo último relatório de vendas no varejo, pensando que o momento é melhor do que parece”, afirmou o analista sênior da Oanda, Craig Erlam, em relatório. “A expectativa é de que padrão de vida britânico recue 7,1% nos próximos dois anos, a queda mais acentuada em seis décadas, enquanto o país luta contra uma crise de custo de vida, uma consolidação fiscal austera, taxas de juros mais altas e uma recessão. Diante desse cenário, é difícil ficar remotamente animado com um salto de 0,6% nas vendas em outubro, que superou as expectativas”, completou Erlam.
Por enquanto, os mercados seguem moderados em relação ao plano fiscal britânico, apresentado pelo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, que deve ter os maiores aumentos de impostos e cortes de gastos em uma década. Hunt declarou que o novo plano fará um corte de 55 bilhões de libras em cortes de gastos e aumentos de impostos nos próximos cinco anos, uma tentativa de começar a reduzir o tamanho da dívida do governo em relação à economia a partir do ano fiscal que termina em março de 2028.
Os investidores também acompanham as tensões geopolíticas envolvendo a guerra na Ucrânia, após dois mísseis terem caído em uma cidade polonesa, próxima da fronteira do país com Kiev. O presidente da Polônia, Andrzej Duda, afirmou que existem indícios de que os projéteis foram disparados por forças ucranianas de forma acidental e a Ucrânia afirmou que quer participar da investigação para checar as evidencias de que os mísseis foram lançados pelo exército ucraniano.
Hoje, o euro recua ante o dólar e a libra avança, com a primeira moeda registrando queda de 0,12%, a US$ 1,03490, enquanto a segunda subia 0,32%, a US$ 1,18944. Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvido, operava em alta de 0,07%, a 106,770 pontos.
Bloomberg
Fonte: Valor Invest