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Brasileiras QR Asset, Hashdex e Titanium dizem não ter exposição à FTX

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Empresas esclarecerem também que trabalham com segregação de contas, protegendo investidores de falências e crises de liquidez Em meio ao clima de desconfiança que tomou conta do mercado com o colapso da FTX, umas das maiores empresas de cripto do mundo, gestoras brasileiras se posicionam, esclarecendo a seus clientes que não possuem exposição aos criptoativos ou operações realizadas pela empresa e sua coligada, a Alameda Research.

Ainda não se tem confirmado os números finais em torno do estrago que a FTX provocou, mas os preliminares apontam cerca de 1 milhão de clientes afetados e um rombo em torno de US$ 8 bilhões.

Em nota, a QR Asset Management, gestora da holding QR Capital, informou que nenhum produto da gestora, sejam ETFs, fundos ativos e fundos passivos, possui qualquer tipo de exposição à FTX ou sua coligada Alameda Research, tampouco ao token nativo da exchange FTT. “Tanto a FTX quanto a corretora/custodiante e seu token de utilidade, o FTT, não cumprem requisitos necessários de governança e elegibilidade que o processo de investimento adotado pela QR Asset exige e, portanto, não fazem parte do universo de cobertura da gestora”, informou.

Além disso, os produtos da QR Asset utilizam o serviço de custódia da Gemini e da Coinbase, informou a empresa. "Estes ativos não estão expostos a risco relacionado à insolvência das empresas. Os ativos são mantidos em contas segregadas de custódia fria ou cold storage. A custódia não se mistura com os recursos das empresas e ficam inacessíveis a credores em um eventual caso de falência da companhia."

A QR Asset reforçou que manterá uma “postura defensiva nos mandatos da gestora, foco na preservação de capital dos investidores e avaliação contínua dos acontecimentos”, acrescentando que atua “de forma diligente e conservadora, estritamente dentro do arcabouço regulatório vigente, com os melhores padrões de segurança, governança e perenidade dos produtos de investimento”.

A Hashdex, também em nota, afirmou que nenhum de seus produtos possui exposição à FTX e correlacionados. Segundo informado pela gestora, “os fundos da Hashdex não realizam operações de empréstimos, alavancadas ou derivativos não regulados".

Sobre a custódia dos recursos, a Hashdex afirma que "não armazena criptoativos em corretoras de cripto, utilizando exclusivamente contas segregadas e desconectadas da internet (cold storage) em custodiantes regulados, que aderem aos mais altos padrões de supervisão, auditoria e segurança”.

Os produtos Hashdex utilizam uma lista extensa de custodiantes para mitigar riscos. A lista atual de custodiantes aprovados inclui a Fidelity Digital Assets, Coinbase Custody (segregado da sua exchange), BitGo Trust, e a Anchorage Digital Bank. “Cada um desses é uma entidade regulada com uma estrutura legal clara que separa os balanços de clientes e da empresa”, ressalta a gestora.

Na nota, a Hashdex enfatizou que sua “combinação de processos de due diligence rigorosos, critérios de elegibilidade de alto padrão, e um framework de risco operacional conservador mitigam o risco de que eventos como estes possam impactar materialmente os nossos cotistas”.

No mesmo sentido, a Titanium Asset também informou que seus fundos “não possuem nenhuma exposição ao token FTT, um dos vetores principais da crise”, acrescentando que “sempre trabalhou com rígidos controles de riscos e planos de contingência”e que os ativos são segregados.

"O ocorrido foi relevante para o mercado de criptoativos, mas entendemos que será positivo para o amadurecimento da indústria, que cresce cada vez mais”, avalia a equipe da Titanium. “Inclusive, o avanço regulatório ao redor do mundo certamente vai reduzir as chances de novos eventos como esses ocorrerem."

Para Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR, este é mais um teste pelo qual o ecossistema cripto está passando. “Devemos atravessar, nas próximas semanas, um ambiente de elevada volatilidade, enquanto os fatos vêm à tona e os efeitos são reconhecidos e digeridos”, afirma. “Até o momento, o colapso da FTX/Alameda tende a ser investigado como um crime comum relacionado à gestão fraudulenta e desrespeito a regras básicas de segregação de operações proprietárias e dinheiro de clientes, com agentes maliciosos infringindo grande dano à reputação do mercado.”

Para Samir Kerbage, chefe de produtos da Hashdex, “apesar do momento imprevisível, eventos recentes não abalaram a confiança na tese de investimento de longo prazo de cripto como uma classe de ativos”.

Fonte: Valor Invest

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