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AIEA

Novo míssil hipersônico do Irã pode penetrar em todos os sistemas de defesa e chega a 6 mil km/h

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O novo míssil balístico hipersônico que está sendo desenvolvido pelo Irã tem capacidade para penetrar em todos os sistemas de defesa, anunciou o comandante da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amirali Hajizadeh, nesta quinta-feira, 10. “Este míssil balístico hipersônico pode contra-atacar os escudos de defesa antiaérea. Poderá atravessar todos os sistemas de defesa antimísseis”, afirmou. O armamento atinge velocidades superiores a Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som), a quase 6.000 km/h. De acordo com o comandante militar iraniano, “este míssil, que tem como alvo os sistemas antimísseis inimigos, representa um grande salto de geração na área dos mísseis”. O anúncio do desenvolvimento desse míssil balístico hipersônico preocupa o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi. “Todo esse tipo de anúncio aumenta a preocupação, reforça a atenção pública sobre o programa nuclear iraniano”, declarou. Os mísseis hipersônicos representam desafios para os desenvolvedores de radares por sua velocidade elevada e capacidade de movimento. Além da preocupação gerada por causa da potência do armamento, também há um receio pelo fato de haver especulações que Irã está ajudando a Rússia na guerra contra a Ucrânia.

No sábado, 5, os iranianos admitiram que enviaram drones para os russos, contudo, alegaram que isso aconteceu antes do conflito começar. Ao contrário dos mísseis balísticos, os mísseis hipersônicos voam a baixa altitude, com o objetivo de atingir alvos de maneira mais rápida. Um míssil hipersônico é manobrável, o que dificulta seu monitoramento e a defesa, e os tornam uma incógnita quando o assunto é a formas de rastreá-lo e derrubá-lo. O anúncio do Irã acontece em um momento de estagnação das negociações para reativar o acordo nuclear de 2015, assinado com seis grandes potências – Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e Estados Unidos –, e concedia ao Irã um grande alívio das sanções em troca de garantias de que o país não desenvolveria uma arma atômica. Teerã sempre negou o desejo de fabricar uma arma nuclear. O anúncio também foi feito poucos dias após o Irã revelar um voo de teste de um foguete com satélite. O governo dos Estados Unidos expressou diversas vezes a preocupação de que os lançamentos possam impulsionar a tecnologia de mísseis balísticos do Irã, com a possível ampliação para ogivas nucleares.

Fonte: Jovem Pan

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