Valor Invest
Apesar de inúmeras sinalizações de mudanças na política de "Covid Zero" da China, a linha oficial de Pequim é que as rigorosas medidas de contenção seguirão Os preços do petróleo encerraram a sessão desta segunda-feira (7) em queda, interrompendo o rali que levaria a commodity novamente ao patamar de US$ 100 o barril. O que pesou nas negociações de hoje foi a incerteza acerca da reabertura da economia chinesa, com o relaxamento da política de "Covid Zero". No fim das negociações de hoje, os preços dos contratos do Brent, a referência global, para janeiro terminaram em queda de 0,66%, a US$ 97,92 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos do WTI, a referência americana, para dezembro recuaram 0,88%, a US$ 91,79 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).Se na semana passada o investidor se empolgou com rumores de uma abertura da economia chinesa, nesta semana o ambiente parece ser o oposto. Como apontou a corretora especializada em petróleo PVM, em nota, apesar de inúmeras sugestões de mudanças substanciais futuras na política de "Covid Zero", a linha oficial de Pequim é que ela seguirá sua rigorosa política de contenção. “As autoridades de saúde reafirmaram a postura estrita de zero covid do país no fim de semana, já que novos casos diários atingiram seus níveis mais altos desde maio”, disse a corretora. “O otimismo de que a China abandonará sua política de zero covid está evaporando. No entanto, é provável que o mercado de petróleo ainda veja pressão de alta nos preços no período de final de ano, à medida que os suprimentos russos despencam.”Na mesma linha, o analista sênior da Price Futures Group Phil Flynn afirmou que quando se trata de demanda global, o grande elemento de peso é a China. “A política de zero covid da China, sem dúvida, desempenhou um papel em algumas das fraquezas da demanda global”, disse, em nota. “Isso em retrospectiva é provavelmente uma coisa boa, porque se a China tivesse sua economia aberta o tempo todo, provavelmente não teríamos sido capazes de atender à demanda global.”Na sessão de hoje, o dólar seguiu fraco no exterior, o que costuma a beneficiar as negociações das commodities em geral, por serem indexadas em moeda americana. Mas não foi o que ocorreu nesta segunda. Perto das 17h10, o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em queda de 0,70%.ambquinn/Pixabay