A China registrou, nesta segunda-feira, 7, o maior número de contágios de Covid-19 em seis meses, apesar dos confinamentos que afetam a indústria, as escolas e a vida cotidiana. O país registrou mais de 5.600 novos casos em 24 horas, quase metade deles na província de Guangdong, um centro de manufatura no sul do país com vários portos comerciais. Com esses novos resultados, o governo de Pequim acabou no fim de semana com as esperanças de uma possível flexibilização da rígida política de ‘covid zero’, que inclui confinamentos, quarentenas e testes em larga escala para conter, inclusive, o menor surto de contágios. Na capital do país foram registrados quase 60 novos contágios, o que provocou o fechamento de escolas no distrito de Chaoyang. A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou no sábado, 5, a manutenção da política de ‘covid zero’, acabando com os rumores de que Pequim flexibilizaria a rígida política de saúde.
Algumas empresas pediram aos funcionários que retornassem ao teletrabalho. Apesar desses números, as autoridades da cidade informaram que os “recentes surtos sucessivos foram controlados de maneira efetiva”. Tudo isso acontece em meio a crises ligadas aos confinamentos, com moradores que reclamando de condições inadequadas, falta de alimento e atrasos no atendimento médico, abalaram a confiança da população na medida. Esse isolamento fez a maior fábrica de iPhones do mundo, em Zhengzhou, a advertir no domingo que a produção foi “impactada temporariamente” e que os clientes deverão enfrentar atrasos na entrega dos pedidos. “A fábrica (de Zhengzhou) opera atualmente em uma capacidade significativamente reduzida”, afirmou a Apple em um comunicado. Vários incidentes, no entanto, diminuem o apoio da opinião pública chinesa à estratégia.
*Com informações da AFP
Jovem Pan