Com as interdições e bloqueios de rodovias por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em todo o Brasil, que protestam contra a eleição democrática de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), surgem preocupações com o desabastecimento de combustíveis em postos de gasolina. Para tentar evitar o problema, na última terça-feura, 1º de novembro,a Agência Nacional do Petróleo aprovou medidas emergenciais. Foram suspensas temporariamente as obrigações de estoque semanais mínimos pelas distribuidoras. Além disso, fica permitida a venda direta de gasolina e diesel de revendedores e transportadoras aos postos, sem passar pelas distribuidoras. No caso do GLP, as revendas poderão comercializar o gás de cozinha em vasilhames de outras marcas além da que estão autorizadas.
Em entrevista à Jovem Pan News, Rodrigo Zingales, diretor executivo da Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes e Livres (Abrilivre), disse que vários postos, em diferentes Estados do Brasil, já estão sem combustíveis, mas que, se os bloqueios seguirem sendo desmobilizados, como ocorre nesta quarta-feira, 2, a expectativa é de normalização até a quinta-feira, 3. “Em relação à questão da precificação, a gente espera que as distribuidoras não aumentem seus preços, permaneçam com preços de mercado das últimas semanas. E, especificamente em relação aos postos, não se trata de um aproveitamento, o que acontece é que eles tem contas a pagar, então o que acontece é uma regra de oferta e demanda. A gente pede para evitarem isso, mas alguns postos estão chegando no limite e têm medo de não ter combustível para atender seus clientes nos próximos dias, só que eles têm contas para pagar. Então, alguns postos, eventualmente, estão aumentando os preços, mas a gente pede para que tenham paciência, aguardem mais um pouco”, disse.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
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