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Transparência Eleitoral Brasil registra quatro intercorrências em urnas até as 9h50


Segundo a organização, não foi testemunhado nenhum problema com as urnas que tivesse risco de comprometer a integridade da votação A organização Transparência Eleitoral Brasil registrou quatro problemas técnicos em urnas eletrônicas até às 9h50 desde domingo, um deles relacionado à emissão da zerésima e três ao teste de teclado.

A zerésima é um documento emitido logo após a inicialização da urna eletrônica em cada seção eleitoral para mostrar não existe voto registrado antes da abertura.

“Não testemunhamos problema com as urnas que tivesse risco de comprometer a integridade da votação, mas quatro problemas técnicos foram relatados, sendo um deles a necessidade da reimpressão da zerézima, porque logo depois da impressão da primeira a urna travou e teve que ser reiniciada”, disse a coordenadora da entidade, Ana Claudia Santano.

Santano contou que em dois dos problemas com o teste do teclado bastou a reinicialização da urna, mas em um caso houve a necessidade de intervenção de um funcionário da Justiça Eleitoral. “Mas não foi preciso substituir a urna”, ressaltou.

Além disso, a entidade verificou quatro casos em que o posicionamento da urna não garantia o segredo do voto. “Vemos se há um braço para fora, reflexo da urna em algum lugar ou uma janela atrás, por exemplo”, detalhou a coordenadora.

Os observadores registraram casos de boca de urna em sessões do exterior, mas há mobilização para que se evite o crime, segundo Santano.

Ela afirmou que não houve relatos de sessões que foram abertas fora do horário, no máximo até 8h30, e as filas fluem melhor que no primeiro turno. “Verificamos a existência de filas no Brasil e no exterior, mas o fluxo de votação é muito mais dinâmico. Nos quatro países [monitorados] foram relatadas filas, mas providências foram tomadas para que o tempo de fila fosse diminuído”, ressaltou.

Santano destacou ainda que houve mudança no contexto político desde o primeiro turno, com “acirramento de ânimos” e intensificação da desinformação. Ela disse ainda que aumentou o número de fiscais de partidos, principalmente no exterior, e que um deles tentou impedir a atuação de um observador. “A situação foi normalizada pelo presidente de mesa da sessão”, relatou.

Ao todo, são 87 observadores no projeto. A entidade acompanha o processo eleitoral no país sem interferir e registra denúncias e outros relatos por meio deste site.

Antonio Cruz/Agência Brasil

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