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Kherson

Rússia conclui operação para roubar ossos do príncipe Potemkin da Ucrânia

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Diante da contraofensiva da Ucrânia em Kherson, que acontece desde o começo de setembro, as forças russas roubaram da catedral de pedra do século XVIII os ossos do príncipe Gregório Alezandrovich Potemkin. A operação fazia parte de uma missão especial do Kremlin, e a razão por trás do roubo está associado a memória do conquistador do século XVII, conforme relata o jornal norte-americano The New York Times. Foi Potemkin quem persuadiu sua amante, Catarina, a Grande, a anexar a Crimeia em 1783. Fundador de Kherson e Odessa, ele buscou a criação de uma “Nova Rússia”, um domínio que se estendia pelo que hoje é o Sul da Ucrânia ao longo do Mar Negro. Em fevereiro, quando Vladimir Putin lançou a ‘operação militar’ no Leste Europeu, ele invocou uma visão de Potemkin. Ainda com o pensamento de restaurar parte do império da Rússia, as forças do Kremlin desceram a uma cripta abaixo de uma lápide solitária de mármore branco dentro da Catedral de Santa Catarina para conseguir roubar os ossos de Potemkin. Para chegar aos restos mortais, eles teriam aberto um alçapão no chão e descido por uma passagem estreita, segundo pessoas que visitaram a cripta. Lá eles teriam encontrado um simples caixão de madeira em um estrado elevado, marcado com uma única cruz. Sob a tampa do caixão, um pequeno saco preto continha o crânio e os ossos de Potemkin, cuidadosamente numerados.

Os russos não se deram ao trabalho de esconder o roubo, pelo contrário, expuseram o que fizeram. Vladimir Saldo, chefe da região de Kherson, informou que os restos foram levados para o leste, mas não informou o destino certo. “Transportamos para a margem esquerda os restos mortais do santo príncipe que estavam na Catedral de Santa Catarina”, disse Saldo em entrevista transmitida pela televisão russa. “Nós transportamos o próprio Potemkin”, acrescentou. Ainda não está certo onde os restos do príncipe está e o que a Rússia pretende fazer com eles, porém, o historiador Simon Sebag Montefiore, espera que os ossos de Potemkin cheguem à Rússia. Caso isso ocorra, ele acredita que poderá aparecer em um “espetáculo de ultranacionalismo assustadoramente grosseiro e pergisos”. Ativistas ucranianos confirmaram que a igreja havia sido saqueada e que outros itens foram roubados.

Fonte: Jovem Pan

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