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Bolsonaro diz que nunca teve amizade com Roberto Jefferson

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'Não somos amigos, não temos relacionamento. Defendo que pessoas corruptas e que tenham o comportamento que ele teve hoje sejam tratadas como bandidos. E assim foi feito' O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a chamar o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), até então seu aliado, de bandido e disse que nunca manteve amizade com o delator do mensalão.

Aliado de Bolsonaro, Jefferson foi preso neste domingo pela Polícia Federal (PF) por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por causa do inquérito que envolve milícias digitais. Antes de se entregar, o ex-deputado federal recebeu os agentes da PF com tiros e pelo menos uma granada.

“Tão logo tomei conhecimento, entrei em contato com o ministro da Justiça [Anderson Torres] para que acompanhasse o caso e deslocasse para perto do episódio. Eu disse que o tratamento dispensado deveria ser de bandido. Quem atinge policial é bandido. Não falei nada antes porque a captura de Jefferson estava em andamento. Se eu falasse, poderia estar comprometendo da operação”, disse Bolsonaro em entrevista à TV Record.

“Não somos amigos, não temos relacionamento. Defendo que pessoas corruptas e que tenham o comportamento que ele teve hoje sejam tratadas como bandidos. E assim foi feito”, completou.

O mandatário disse que a campanha de Lula indica que quer se aproveitar do episódio e afirmou que, diferente de seu adversário, “não passa pano para ninguém”.

“[Ele] sempre tratou bem Roberto Jefferson e José Dirceu”, disse Bolsonaro, referindo-se ao ex-presidente Lula. "Do nosso lado a honestidade, a decência”, afirmou o presidente.

Bolsonaro também classificou Lula como um “gastão” e disse que, se o petista for eleito, “o Brasil quebra”. “Se o PT voltar a administrar o Brasil, vai quebrar tudo no Brasil, incluindo os fundos de pensão”, disse Bolsonaro.

Na abertura da entrevista, o mandatário destacou que o eleitor decidirá na próxima semana qual país quer para ele. “É o momento onde a população vai decidir que Brasil quer para ele. O do passado, com corrupção e descasos, ou o atual, com um governo sem corrupção, que defende a família e que não teme o debate.”

O presidente ainda defendeu a redução da maioridade penal para 16 anos no caso de crimes hediondos. “Se lá [na cadeia] está muito cheio, é problema deles”, disse.

Crédito consignado

O presidente defendeu o crédito consignado ligado ao Auxílio Brasil. Para o atual mandatário, a medida é uma maneira de evitar que essas pessoas contraiam dívidas de forma ilícita e de tirar a população da inadimplência.

"Quando nós acertamos a questão do consignado para o pessoal do Auxílio Brasil e do BPC (Benefício de Prestação Continuada), foi uma maneira de tirá-los das mãos dos agiotas. Podem inclusive fazer um acerto com a Caixa, a Caixa compra essa dívida e você paga um juros menor. Nós estamos tirando da inadimplência milhões de pessoas que vão recorrer, já estão recorrendo, do consignado no Auxílio Brasil e no BPC", afirmou o presidente.

Sergio Moro

O presidente afirmou ainda que se acertou com o ex-ministro Sergio Moro (União), com quem havia rompido em 2020, e disse que o senador eleito prefere que ele derrote o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e permaneça à frente do Palácio do Planalto.

“O passado ficou para trás, nos acertamos e vamos em frente. Acima de mim e do Moro, estão os interesses do país. Tenho certeza que nos conviveremos bem”, disse Bolsonaro.

Após quase um ano e meio à frente do Ministério da Justiça, Moro pediu demissão em 2020 e alegou que discordava do que via como tentativas de interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal. Após acenos mútuos antes do primeiro turno, Moro declarou apoio à reeleição do mandatário e o acompanhou ao debate realizado pela TV Bandeirantes na semana passada.

Durante a entrevista, Bolsonaro elogiou a memória de Moro sobre os escândalos de corrupção. “Ele tem uma memória sobre a corrupção, sobre a Lava-Jato e outras operações de combate à corrupção. Ele tomou conhecimento desses escândalos e não quer a volta disso.”

Segurança das urnas

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não teve acesso ao relatório das Forças Armadas sobre a segurança das urnas. Mas disse que conversa com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, sobre possíveis fraudes nas urnas.

“Desconheço qualquer relatório por parte das Forças Armadas”, disse ao ser perguntado sobre o assunto. “Eles continuam trabalhando na busca de possíveis fraudes. O trabalho deles é louvável. De vez em quando eu converso com um ou outro militar, ou melhor, com o ministro da Defesa sobre essa questão. Eles preparam um relatório, e ele será apresentado em momento oportuno.”

Ele também afirmou que espera que o presidente eleito “realmente tenha os votos que as urnas apresentam”.

Fonte: Valor Invest

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