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Bolsonaro fala em "fake news" sobre congelamento do salário mínimo e diz que haverá valorização


Apesar da afirmação do presidente, governo enviou em agosto proposta de Orçamento da União em 2023 de salário mínimo sem aumento real O presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou para um aumento real do salário mínimo, em meio à controvérsia causada por reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” de que haveria um plano para congelar benefícios previdenciários ou atrelados ao salário mínimo. Ele chamou a notícia de “fake news” e disse que teria sido plantada pelo deputado André Janones (Avante-MG), classificado por ele como “marketeiro de Lula”, referindo ao adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O presidente se referiu ao tema durante o podcast Inteligência Ltda., que pouco antes das 21h tinha uma audiência de 1,692 milhão de pessoas no Youtube. Horas antes, a mesma notícia havia sido desmentida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Um 'fake news' hoje: Bolsonaro vai diminuir o salário mínimo. Não existe isso. Quem votaria uma proposta para diminuir o salário mínimo? Foi uma 'fake news' pregada por aquele mesmo cara, o Janones né, que é o marketeiro do Lula”, disse.

“E o Paulo Guedes acabou de dar a declaração de que será registrado no ano que vem salário mínimo com um [aumento do] valor real. Bem como o servidor público. Inflação foi 5%, você pode dar 6%, no mínimo. Pode dar 7%, pode dar 8%.”

Salário mínimo e Auxílio Brasil em 2023

Apesar da fala do presidente, o governo enviou em agosto uma proposta de Orçamento da União em 2023 de um salário mínimo sem aumento real. Corrigido por uma inflação prevista de 4,5%, foi estipulado um valor de R$ 1.302 para o mínimo.

Bolsonaro também enviou na Lei Orçamentária Anual (LOA) a previsão de um Auxílio Brasil de R$ 400, mas vem prometendo manter o valor atual de R$ 600, previsto por uma Emenda Constitucional que expira no fim deste ano.

O presidente voltou a falar sobre o assunto no podcast. Ele afirmou que os R$ 200 adicionais para completar o valor de R$ 600 virão de uma proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso.

“Já está acertado com o PG de onde virá o recurso. Já está uma proposta aprovada na Câmara e está no Senado. [Virá da] reforma tributária. Está mantido”, afirmou.

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