O ministro da Economia Paulo Guedes criticou a gestão do ex-presidente Lula (PT) nesta quarta-feira, 19, ao participar do evento Brasil Export, Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária, em Brasília. O economista declarou durante uma palestra que o discurso de “cerveja e picanha” é uma “versão colorida” da realidade do antigo governo, citando ainda falhas no setor da educação e no desenvolvimento econômico. “A distância do Brasil para o resto do mundo aumentou. O Brasil empobreceu. Ficam falando agora de picanha e cerveja, não têm noção do que aconteceu, último lugar no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) de educação, crescimento zero”, disse. A fala é uma referência a uma declaração de Lula em debate antes do primeiro turno das eleições de 2022. “Esse país tem que voltar a crescer, tem que voltar a ser feliz, tem que voltar a gerar emprego. O povo, eu digo sempre: o povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha”. Posteriormente, a declaração foi alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL), durante debate da TV Band realizado no domingo, 16. “O senhor promete o tempo todo. Promete água para o Nordeste. E agora, o senhor tá prometendo picanha e cerveja”, afirmou.
Guedes já havia declarado anteriormente que o discurso do petista sobre a população voltar a comer picanha era “conversa mole”. Ele complementou analisando que essas promessas fazem com que parte da sociedade sonhe “em voltar à mediocridade anterior”. Segundo o economista, jovens estão deixando o país para “lavar prato em Barcelona, entregar pizza em Boston”. Durante o evento, o ministro ainda defendeu políticas de sustentabilidade fiscal adotadas pelo governo Bolsonaro e repetiu o discurso de que os brasileiros eram “200 milhões de trouxas explorados”. “Não queremos um país, dissemos isso durante a campanha, que tem 200 milhões de trouxas sendo explorados por duas petroleiras, seis bancos, quatro empreiteiras. Queremos competição, que é o jeito de haver prosperidade para a população”, opinou.
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