Valor Invest
A propaganda eleitoral dessa quarta-feira (19) intercalou propostas de cada candidato ao Planalto com críticas ao adversário. Líder das pesquisas no segundo turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a linha de apontar redução do poder de compra no país, com imagem de um prato de comida se esvaziando, e elencou notícias sobre o orçamento secreto. Já Jair Bolsonaro (PL) citou corrupção, chamou políticos que eram contra Lula e hoje o apoiam de “farinha do mesmo saco” e fez promessas econômicas. No campo político, o principal ataque de Lula a Bolsonaro foi sobre o orçamento secreto, apontado como “o maior esquema de corrupção da atualidade”. Um vídeo da ex-presidenciável Simone Tebet (MDB), que agora faz campanha para Lula, foi veiculado para reforçar a ideia.Lula prometeu gerar empregos, fortalecer o salário mínimo, acabar com a fome e retomar projetos como o Minha Casa Minha Vida. Bolsonaro, por sua vez, rebateu a acusação de que seria o “pai da mentira”, como afirmou Lula em outro programa, e colocou um apoiador dizendo que é o petista quem se enquadra no termo. O presidente também prometeu aumento real do salário mínimo, o que não ocorreu durante o primeiro mandato, e o pagamento de 13º salário às mulheres beneficiárias do Auxílio Brasil.Para indicar maior facilidade de aprovação de projetos no eventual novo governo, Bolsonaro comemorou a futura composição da Câmara e do Senado, que seria mais alinhada com a direita. Nas críticas a Lula, o candidato à reeleição deu a entender que o Brasil vai decidir no dia 30 se “aceita ou condena” a corrupção. A campanha do presidente reproduziu vídeos antigos de novos apoiadores do petista, como Tebet, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Geraldo Alckmin (PSB) e Ciro Gomes (PDT), para classificá-los como “farinha do mesmo saco”.