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16 empresas que já foram small caps e hoje são gigantes na Bolsa de Valores

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Levantamento do Banco Safra mostra como as empresas de menor capitalização podem alcançar grande valorização em momentos como o atual O mercado de ações multiplicou o número de small caps nos últimos anos

Getty Images

Um levantamento do Banco Safra com dados do mercado de ações revela o enorme potencial de crescimento das chamadas small caps, ou seja, empresas listadas na Bolsa de Valores com baixo valor de capitalização.

As small caps são relativamente pequenas diante das blue chips, as empresas abertas de primeira linha com grande valor de mercado e alta liquidez. Mas, apesar do nome, podem ter valor de até R$ 10 bilhões e apresentar grande valorização. Em determinados períodos mais favoráveis para determinados setores, o potencial de valorização pode se acentuar.

O mercado de ações multiplicou o número de small caps nos últimos anos: muitas empresas decidiram buscar recursos no mercado financeiro para investir e crescer, e para isso realizaram ofertas iniciais de ações na Bolsa de Valores.

O levantamento do Safra listou empresas com valor de mercado abaixo de R$ 10 bilhões, com oferta inicial a partir do ano 2000, e que hoje estão com valor acima de R$ 10 bilhões. São exemplos de empresas que já foram small caps e hoje são médias ou gigantes.

O levantamento do Safra destaca as maiores valorizações obtidas em uma lista de 16 empresas que se enquadram nesses parâmetros.

Há vários casos que chamam a atenção, como o da Ambev, que estava avaliada em R$ 7,4 bilhões em abril do ano 2000 e hoje vale mais de R$ 252,6 bilhões, ou seja, obteve valorização de 3.329,7% no período.

Outro exemplo é o da locadora Localiza Rent a Car, cujo valor saltou de R$ 718 milhões no lançamento, em maio de 2005, e agora vale mais de R$ 65 bilhões. Neste caso, a valorização chega a 9.036,2%.

A maior valorização entre as empresas listadas pelo Safra é das Lojas Renner, cuja soma do capital era de R$ 25,5 milhões em 2002 e hoje chega a R$ 30,9 bilhões – valorização de 121.118.7% em duas décadas.

O Safra também comparou a variação do índice Small Caps da Bolsa de Valores (SMLL) de São Paulo com o Ibovespa (Ibov), o índice principal da B3.

Os dados comparativos consideraram períodos de elevada volatilidade no mercado, provocados por crises políticas internas ou grandes abalos no mercado financeiro internacional.

Um dos gráficos mostra a variação das ações em 2008, na crise do Subprime nos Estados Unidos. Outros dois gráficos mostram o que aconteceu em 2016, na crise política que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e em 2020, na explosão da pandemia de covid-19.

A evolução dos índices nos três períodos mostra que as ações das small caps sempre apresentaram performance melhor que a do Ibovespa, após os períodos de elevada correção no mercado.

Na grande variação mais recente, após a pandemia de covid, as small caps tiveram valorização de 35,26%, enquanto o Ibovespa chegou a 60,5%. Esta situação indica que as small caps ainda não se recuperaram totalmente e encontram-se mais descontadas, ou seja, apresentam grande potencial de valorização.

Mais sensíveis ao aumento dos juros, as small caps sofreram desvalorização mais expressiva durante o ciclo de aumento dos juros. Atualmente, o índice de small caps (SMLL11) é negociado com desconto de 17% em relação à média histórica de 10 anos quando olhamos para o múltiplo de negociação Preço/Lucro (P/L 2022e).

Para quem busca uma opção para investir na Bolsa de Valores e aproveitar a tendência de crescimento do mercado de ações brasileiro, no atual cenário de estabilização dos juros e previsão de queda da taxa básica (Selic), a partir do segundo semestre do ano que vem, as small caps são uma excelente oportunidade, na avaliação de Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra.

Confira abaixo exemplos de empresas que já foram small caps e tiveram grande valorização

Weg (WEGE3)

Multinacional brasileira de bens de capital

3 de janeiro de 2000 valia R$ 730,42 milhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 141,95 bilhões

Valorização de 1.843%

Ambev (ABEV3)

Indústria de bebidas

20 de abril de 2000 valia R$ 7,36 bilhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 252,63 bilhões

Valorização de 3.329,7%

JBS (JBSS3)

Frigoríficos

23 de março de 2007 valia R$ 5,95 bilhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 54,80 bilhões

Valorização de 821%

Multiplan (Mult3)

Setor de investimentos imobiliários

26 de julho de 2007 valia 3,69 bilhões

6 de julho de 2022 vale R$ 15,31 bilhões

Valorização de 314,4%

CSN (CSNA3)

Maior usina siderúrgica do Brasil

3 de janeiro de 2000 valia R$ 5,23 bilhões

6 de outubro de 2022 vale 18,94 bilhões

Valorização de 261,8%

Porto Seguro (PSSA3)

Porto Seguros, Porto Saúde e Porto Seguro Bank

22 de novembro de 2004 valia R$ 1,39 bilhão

6 de outubro de 2022 vale R$ 13,84 bilhões

Valorização de 891,7%

Petro Rio (Prio3)

Produção de petróleo e gás

25 de outubro de 2010 valia R$ 5,24 bilhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 27,85 bilhões

Valorização de 430,9%

Ultrapar (UGPA3)

Distribuição de combustíveis e gás

3 de janeiro de 2000 valia R$ 1,13 bilhão

6 d outubro de 2022 vale R$ 13,99 bilhões

Valorização de 1.156,8%

Magazine Luiza (MGLU3)

Varejo multicanal

2 de maio de 2011 valia R$ 3,02 bilhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 36,03 bilhões

Valorização de 1.092,3%

Lojas Renner (LREN3)

Rede de varejo

4 de fevereiro de 2002 valia R$ 25,54 milhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 30,95 bilhões

Valorização de 121.118.7%

Natura (NTCO3)

Cosméticos

26 de maio de 2004 valia R$ 3,51 bilhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 20,01 bilhões

Valorização de 469,5%

TIM Brasil (TIMS3)

Telefonia

3 de outubro de 2000 valia R$ 497,48 milhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 29,09 bilhões

Valorização de 5.749%

Rumo (RAIL3)

Logística e ferrovia

24 de junho de 2004 valia R$ 1,96 bilhão

6 de outubro de 2022 vale R$ 38,86 bilhões

Valorização de 1.778,3%

Localiza Rent a Car (RENT3)

Locadora de veículos

23 de maio de 2005 valia R$ 718,03 milhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 65,60 bilhões

Valorização de 9.036,2%

Cemig (CMIG4)

Distribuidora de energia de Minas Gerais

3 de janeiro de 2000 valia 5,35 bilhões

6 de janeiro de 2022 vale R$ 28,44 bilhões

Valorização de 431,4%

Engie Brasil Energia (EGIE3)

Geradora privada de energia

3 de janeiro de 2000 valia R$ 980,55 milhões

6 de outubro de 2022 vale R$ 31,80 bilhões

Valorização de 3.133,5%.

Fonte: Bloomberg

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Fonte: Valor Invest

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