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Casa Branca

Democratas alertam para onda de violência se Trump for absolvido em processo de impeachment


Os legisladores democratas que desempenham papel de “procuradores” no julgamento político do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentaram demonstrar nesta quinta-feira, 11, o terceiro dia do processo, que se absolvido o ex-chefe de governo poderia voltar a causar violência ou servir de inspiração para outros oficiais ou governantes no futuro. Para isso, os “promotores” enfatizaram a falta de remorso demonstrada por Trump antes que o Capitólio fosse invadido por seus apoiadores, em 6 de janeiro, para solicitar a sua desclassificação para ocupar cargos públicos futuramente. “Trump difundiu mentiras para incitar o ataque violento contra o Capitólio, nossas forças de segurança e todos nós, e depois mentiu novamente à sua base para dizer-lhes que estava tudo bem, que tudo isso era aceitável”, declarou o democrata Ted Lieu durante seu discurso no Senado.

Nesta quinta, os nove “promotores” completaram seus argumentos antes de dar lugar aos argumentos da defesa, que começarão nesta sexta-feira. Trump enfrenta a acusação de ter incitado a insurreição pelo ataque ao Capitólio por uma multidão de seus seguidores, que invadiram o interior quando as duas casas do Congresso realizaram uma sessão conjunta para endossar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições de novembro. Minutos antes do ataque, o então presidente, que na época ainda não havia reconhecido sua derrota eleitoral, fez um discurso na Casa Branca no qual convocou seus apoiadores a marcharem até o Congresso e reiterou suas alegações não comprovadas de que havia fraude no pleito em que foi derrotado.

Tudo indica que o julgamento acabará no final desta semana. O legislador republicano Roy Blunt, que representa o Missouri, destacou aos repórteres que poderia ser sábado, enquanto a democrata Debbie Stabenow disse que prevê o término para a noite de sábado ou no domingo depois do meio-dia. Para conseguir uma resolução condenando Trump, os democratas precisam do apoio de dois terços do Senado, que parece não ter, já que eles têm 50 cadeiras e nada indica que haja republicanos suficientes dispostos a votar contra o ex-chefe de governo.

*Com informações da EFE

Jovem Pan

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