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Antes de debate do SBT no RJ, Cláudio Castro se diz vítima de "indústria de delações"

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O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), se defendeu hoje sobre a delação do ex-assessor Marcus Vinicius Azevedo da Silva, que associou o chefe do Executivo ao recebimento de propina. O governador foi questionado por jornalistas antes de participar do debate entre candidatos ao governo do Rio, realizado pelo SBT em parceria com a revista Veja, portal Terra e rádio NovaBrasil FM, e se disse vítima de uma “indústria de delações”.

“O Brasil vive uma indústria de delações em que criminosos confessos falam de autoridades, mas a lei é clara e é preciso apresentar provas. Está muito claro o uso eleitoral a 15 dias da eleição”, disse o governador. Ele respondeu da mesma forma a primeira pergunta do debate, quando foi questionado por Paulo Ganime (Novo) sobre escândalo de corrupção envolvendo o Executivo e aliados.

Em novo depoimento no processo da Operação Catarata, que investiga desvios na prefeitura e no governo do Rio, o ex-funcionário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, preso em 2019, afirmou ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que Castro recebeu US$ 20 mil durante uma viagem à Flórida, nos Estados Unidos, na época em que ainda era vereador. O caso está sob sigilo e foi revelado pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. Trecho de vídeo do depoimento foi divulgado pelo portal UOL.

De acordo com o Jornal O Globo, o ex-assessor confirmou ainda a delação de Bruno Selem, ex-funcionário de uma empresa que mantinha contratos com o Estado. Selem afirmou que o atual governador teria recebido aproximadamente R$ 100 mil em dinheiro vivo por contratos com a Fundação Leão XIII, subordinada a Castro quando ele vice-governador de Wilson Witzel. Segundo Selem, Castro transportou dinheiro dentro de uma mochila, como mostrou um vídeo originalmente publicado pela GloboNews. Segundo o jornal O Globo, Marcus Vinicius confirmou, na delação, que a imagem com a mochila mostra o momento em que Castro deixou um escritório após buscar dinheiro de propina.

“Está há 3 anos nisso e eu nunca fui denunciado”, rebateu o governador.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a delação do ex-assessor também implica o deputado federal licenciado Rodrigo Maia, que indicou o pai, Cesar Maia (PSDB), para ser candidato a vice de Freixo. Segundo a reportagem, Marcus Vinicius afirmou em depoimento ao Ministério Público que começou a atividade criminosa em 2005, na campanha de Maia. De acordo com o delator, o dinheiro era oriundo de contratos firmados com a Prefeitura do Rio, na época comandada por Cesar Maia (PSDB), hoje vice de Freixo. Antes do debate, o candidato do PSB disse que conversou com Maia e defendeu a investigação do caso.

“Conversei hoje com deputado Rodrigo Maia e ele disse que "eu quero que seja investigado o mais rápido possível". Mas não tem cabimento deixar de cobrar quem precisa ser cobrado, que é o atual governador”, disse Freixo.

A última pesquisa Datafolha apontou empate técnico entre Castro (31%) e Freixo (27%). Participam do debate de hoje os candidatos Cláudio Castro (PL), Marcelo Freixo (PSB), Paulo Ganime (NOVO) e Rodrigo Neves (PDT).

Brenno Carvalho/Agência O Globo

Fonte: Valor Invest

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