Procuradores da Geórgia iniciaram uma investigação criminal relacionada às supostas tentativas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de alterar o resultado eleitoral do estado. Entre as evidências estaria uma ligação telefônica feita para Brad Raffensperger, o secretário da Geórgia, em que Trump o pressiona a “encontrar” votos o suficiente para reverter a sua derrota. As informações são do jornal norte-americano The New York Times, que teve acesso à uma carta escrita nesta quarta-feira, 10, pela procuradora democrata Fani Willis com destino a Raffensperger e outros oficiais do governo. Nela, a procuradora pede que sejam preservados todos os documentos relacionado à possíveis tentativas de influenciar as eleições de 2020. “Esta investigação inclui, mas não está limitada a, potenciais violações da lei da Geórgia que proíbe a solicitação de fraude eleitoral, a realização de declarações falsas para órgãos governamentais estaduais e locais, conspiração, extorsão, violação de juramento e qualquer envolvimento em violência ou ameaças relacionadas à administração da eleição”, detalha o texto.
Donald Trump perdeu para Joe Biden na Geórgia por uma diferença de cerca de 12 mil votos, marcando a primeira vez desde 1992 que um candidato democrata vence no estado. Mesmo depois que o resultado já estava certificado por duas recontagens, o ex-presidente dos Estados Unidos fez diversos ataques às autoridades eleitorais da Geórgia, alegando que eles não estavam fazendo o suficiente para descobrir casos de fraude que poderiam alterar o resultado da eleição. Além de Raffensperger, Trump também teria entrado em contato com o governador Brian Kemp, para quem pediu que fosse convocada uma sessão legislativa especial para anular sua derrota. Ex-promotores consultados pelo The New York Times afirmam que essas duas ligações se enquadram como solicitação criminosa para cometer fraude eleitoral, que pode ser punível com pelo menos um ano de prisão.
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