Por maioria, o Senado dos Estados Unidos garantiu nesta terça-feira, 9, a constitucionalidade do processo de impeachment contra o ex-presidente Donald Trump. A decisão foi tomada por 56 votos a favor e 44 votos contra e permite que a votação do processo seja realizada. Até o momento, não há data para que ela ocorra. Como 67 votos são necessários para que o pedido protocolado por congressistas democratas passe no Senado, as estimativas são de que o impeachment de Trump não seja aprovado durante a votação.
O julgamento será retomado na quarta-feira, às 12h (14h em Brasília), quando começarão os argumentos dos procuradores e a defesa de Trump. As sessões ocorrerão em todos os dias posteriores, exceto ao sábado, a pedido do advogado de Trump, que é judeu, e serão retomadas no domingo, com a perspectiva de terminar na semana que vem, a menos que sejam convocadas testemunhas. Espera-se que na quarta-feira comecem os argumentos de abertura dos procuradores — nove democratas da Câmara dos Representantes – que farão a sua apresentação durante um período não superior a 16 horas e em um máximo de duas sessões. Para a defesa do ex-presidente republicano, valerá a mesma regra de horas e sessões. Terminados os argumentos, os senadores terão quatro horas para fazer perguntas. O processo permite uma votação para chamar testemunhas ou apresentar provas adicionais, e estipula quatro horas igualmente divididas entre a acusação e a defesa para os argumentos finais.
O republicano é acusado de “incitar a ressurreição” com vídeos publicados durante a invasão ao Capitólio do país norte-americano em 6 de janeiro, em cerimônia que reconheceria a vitória do democrata Joe Biden. A ação por parte dos apoiadores de Trump terminou com cinco pessoas mortas e uma série de presos por invasão e depredação de patrimônio. O processo de impeachment contra Trump, segundo protocolado durante o governo dele, foi aceito pelo Congresso uma semana antes do republicano deixar o cargo. A tramitação ainda ocorre porque, caso sofra o impeachment, o ex-presidente pode perder os direitos políticos e não terá oportunidade de concorrer ao cargo novamente nas próximas eleições.
Jovem Pan