O resultado do primeiro turno das eleições presidenciais do Equador ainda não foi divulgado, mas nesta segunda-feira, 8, já ficou claro que haverá segundo turno no dia 11 de abril com Andrés Arauz. Dessa forma, a disputa permanece entre o ativista indígena Yaku Pérez e o banqueiro Guilherme Lasso, que aparecia em posição mais favorável nas pesquisas de boca de urna. O atraso na contagem dos votos aconteceu devido à necessidade de rever cerca de 13% das cédulas, que teriam inconsistências. No entanto, Pérez acredita que a demora se trata de uma “conspiração de fraude” para impedi-lo de ir para o segundo turno. A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, disse que os candidatos têm o direito de constatação e que as urnas serão verificadas uma a uma, se necessário.
Cerca de 13 milhões de eleitores foram às urnas no domingo, 7, para escolher o próximo presidente do Equador, onde o voto é obrigatório para todos os cidadãos que vivem no país e possuem entre 18 e 65 anos. Devido à sua impopularidade, o atual presidente Lenín Moreno não está tentando a reeleição. Ele subiu ao poder em 2017 com a promessa de dar seguimento às políticas do ex-presidente Rafael Correa, mas rompeu com o aliado e não obteve sucesso ao tentar reavivar a economia com novos acordos de comércio e incentivos à mineração. O candidato favorito para sucedê-lo é Andrés Arauz, economista de 35 anos que sinalizou que pretende aumentar os gastos do governo, como o ex-presidente e seu apoiador Rafael Correa fez durante o seu mandato. Arauz prometeu distribuir mil dólares para um milhão de famílias, o que atraiu as duas milhões de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza no Equador.
Guilherme Lasso, por sua vez, está concorrendo à presidência pela terceira vez. Considerado conservador, o ex-banqueiro tem como principal promessa de campanha o aumento da produção de petróleo e dos investimentos estrangeiros no país. O ativista indígena Yaku Pérez, por outro lado, vê como prioridade a proibição da mineração e os limites às concessões de produção de óleo e o gás no país.
Fonte: Jovem Pan