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Recorde: três em cada quatro paulistanos estão endividados

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Pesquisa mostra que 75,4% da população da cidade tinha alguma dívida até o mês passado, mostra FecomercioSP Três em cada quatro paulistanos haviam contraído algum tipo de dívida em julho, mostra um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O percentual de lares com dívidas saltou de 74,1%, no mês anterior para 75,4%, em julho, um recorde para a série histórica, iniciada em 2010.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), são 393 mil famílias endividadas a mais que no mesmo mês do ano passado. As modalidades de endividamento mais frequentes são cartões de crédito (83,1%), carnês (18,5%) e financiamento de carro (14,5%). Já o crédito pessoal chegou a 11,5%, maior patamar desde junho de 2018.

Apesar do recorde, o economista da FecomercioSP, Guilherme Dietze, acredita que a tendência é positiva para a segunda metade do ano. "O alto endividamento começou ano passado por causa dos juros muito baixos. O que vejo, a partir de agora, é uma melhora da economia e, com a inflação cedendo e o emprego também melhorando, a tendência é que não haja maior inadimplência mesmo com o alto endividamento", diz.

A inadimplência - quando o consumidor tem dívidas vencidas -, se manteve perto da máxima da série histórica, flutuando de 23% em junho para 23,2% em julho. Já o percentual de respondentes que declararam que não conseguiriam pagar a dívida em atraso seguiu praticamente inalterado, de 10,7% para 10,8%.

Para manter seu patamar de consumo, tanto famílias mais ricas quanto as mais pobres se endividaram, mostra a pesquisa. Entre as que recebem mais de 10 salários mínimos, o percentual chegou a 69,5% em julho, também no maior nível para a série histórica. Já entre as que recebem menos de dez salários mínimos, o endividamento chegou a 77,4% no mês passado.

Outro indicador, o de intenção de consumo das famílias (ICF), também caiu na passagem do mês. Ele aponta 82,4 pontos, queda de 0,2 pontos ante junho. Entre seus os destaques, registraram alta os componentes de Emprego atual e Perspectiva profissional, que subiram a 112,8 e 116,7 pontos, respectivamente. Já o nível de consumo atual e a perspectiva de consumo baixaram a 58,9 pontos e 76,4 pontos, respectivamente. Números acima de 100 indicam satisfação.

Em relação ao ICF, Dietze também acredita em uma melhora mais acelerada a partir dos próximos meses. "Ele vinha subindo muito lentamente mas, agora que o emprego está melhor e a inflação está cedendo, acredito que o ritmo de alta será mais significativo."

Fonte: Valor Invest

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