A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciou nesta quarta, 3, que irá aumentar a oferta em 100 mil barris por dia a partir de setembro, seguindo recomendação do seu Comitê Conjunto Ministerial de Monitoramento (JMMC, na sigla em inglês). O aumento não substitui a elevação acordada em julho, quando o cartel acordou em produzir 648 mil barris por dia naquele mês e em agosto. Antes disso, a Opep+ lançou aumentos mensais de 432 mil barris por dia como parte de um plano para ampliar a produção para níveis pré-pandêmicos, em acordo que termina em agosto. Em comunicado sobre a decisão, a Opep+ destacou que os estoques de petróleo entre países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) caiu a 2,712 milhões de barris em junho e os estoques de emergência atingiram o menor nível dos últimos 30 anos.
Países da Europa e dos Estados Unidos tem pedido aumentos na produção do grupo liderado pela Arábia Saudita para lidar com a inflação. O preço da commodity teve subidas vertiginosas em 2022 com a guerra na Ucrânia: a Rússia é um dos grandes produtores do combustível e, ao ser atingida por sanções econômicas, o mercado foi afetado. Também houve um aumento na demanda com a retomada após o arrefecimento da pandemia. No entanto, nas últimas semanas, o preço do petróleo caiu devido a preocupações com a possibilidade de desaceleração da economia global que diminua a demanda. Nesta quarta, às 13h45, o preço do petróleo tipo Brent caía 2,7%, sendo negociado por US$ 97,12 por barril, e o do tipo WTI, mais usado nos Estados Unidos, recuou 3,31, cotado a US$ 91,28 o barril.
Fonte: Banda B