O presidente chinês, Xi Jinping, pediu para o líder norte-americano, Joe Biden, não “brincar com fogo” em relação ao “status” de Taiwan. Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, o presidente Xi disse a Biden que “aqueles que brincam com fogo acabam se queimando”, acrescentando que “espero que o lado americano entenda isso”. Xi ainda ressaltou que a posição do governo e do povo chinês sobre a questão de Taiwan é consistente e que é “a firme vontade de mais de 1,4 bilhão de chineses salvaguardar firmemente a soberania e a integridade territorial da China”, acrescentou. Apesar da advertência da China, os Estados Unidos informaram que a “política dos EUA não mudou” e que o país “se opõem, energicamente, aos esforços unilaterais para mudar o ‘status quo’, ou minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”, declarou a Casa Branca, em um comunicado, depois que ambos os líderes encerraram uma ligação de mais de duas horas de duração.
Esta foi a quinta reunião virtual entre os dois líderes desde que Biden assumiu o cargo há um ano e meio. As divergências entre Pequim e Washington só aumentam. Se antes as razões eram apenas o desacordo sobre o comércio, agora, tem a guerra na Ucrânia, as divergências sobre Taiwan que aumentaram nos últimos meses e a mais recente é o atrito sobre uma possível viagem da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, ilha a qual a China considera uma de suas províncias históricas e reivindica sua soberania. Embora autoridades americanas de alto escalão visitem frequentemente Taiwan, a China considera a viagem de Pelosi, uma das principais personalidades do Estado, uma grande provocação. Caso isso aconteça, os chineses já alertaram que Washington terá de “assumir todas as consequências” dessa possível visita, que Pelosi ainda não confirmou.
*Com informações da AFP
Jovem Pan