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Ações globais buscam recuperação, mas monitoram balanços


Investidores devem seguir monitorando os sinais emitidos pelas companhias americanas O anúncio feito pela Apple na véspera, de que pretende desacelerar contratações no ano que vem, foi interpretado pelos agentes financeiros como mais um mau presságio sobre o futuro da economia global. Assim, o que era um dia de otimismo para os ativos de risco se transformou em cautela. Hoje, as ações globais ensaiam um movimento de recuperação e o dólar se enfraquece, mas os investidores devem seguir monitorando os sinais emitidos pelas companhias americanas, com atenção especial para o balanço da Netflix, que será divulgado após o fechamento do mercado.

As ações da maior empresa de tecnologia do mundo já caíram cerca de 17% este ano, pressionadas por um amplo movimento de vendas em ações ligadas à tecnologia, provocado pelo aumento das taxas de juros e pela inflação elevada, que deve pesar nos gastos dos consumidores.

Nesse sentido, os sinais de outras gigantes do mercado podem dar direção aos mercados acionários globais no curto prazo. A IBM, apesar de ter superado as estimativas do segundo trimestre em resultado divulgado ontem, cai cerca de 5% no pré-mercado. Já a Netflix, que reporta seus resultados após o fechamento do pregão, amarga perdas superiores a 70% este ano, apesar dos argumentos dos analistas de que o crescimento de assinantes se recuperará no longo prazo.

Após o tombo das ações americanas em 2022 ter sido fundamentado, principalmente, na contração dos múltiplos das ações, os investidores globais passam a esperar, agora, revisões baixistas nas estimativas de lucros pelo mercado e sinais mais cautelosos nas orientações futuras das próprias companhias.

No Brasil, o pregão é esvaziado de indicadores econômicos, mas os agentes financeiros devem se manter atentos ao leilão de títulos públicos do Tesouro Nacional. O ambiente global de aversão ao risco, combinado com a deterioração no arcabouço fiscal do país e a introdução de estímulos em meio à economia já bastante aquecida, tem feito a curva de juros se deslocar para cima e operar em seus níveis mais elevados de 2022.

Apesar das taxas altas, o Tesouro Nacional tem se deparado com uma baixa demanda por títulos, o que também tem contribuído para que as ofertas primárias venham sendo reduzidas em tamanho.

O risco político também vem crescendo no país, na visão de agentes financeiros, à medida em que se aproximam as eleições. Ontem, o presidente da República, Jair Bolsonaro, repetiu antigos ataques - sem a apresentação de provas - ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas em reunião com cerca de 40 embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada. O evento causou constrangimento a outros Poderes da República e deve voltar a acirrar os ânimos entre o Executivo e o Judiciário.

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