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A líderes evangélicos, o presidente da República classificou o exercício do cargo como “uma missão de Deus” O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atribuir, neste sábado, um caráter messiânico ao seu papel enquanto chefe do Poder Executivo. Isso ocorreu durante discurso dirigido a líderes evangélicos em Natal (RN).No encontro com pastores na Assembleia de Deus, no bairro do Alecrim, o candidato à reeleição à Presidência citou o episódio da facada que recebeu às vésperas do pleito de 2028, em Juiz de Fora (MG).Ele classificou o exercício do cargo de presidente da República como “uma missão de Deus”. Ele também reforçou o seu compromisso com a pauta conservadora.“Se a facada tivesse sido fatal? Quem estaria no meu lugar?”, questionou Bolsonaro, no templo evangélico em Natal. Ele disse também que chegou à Presidência por “falar a verdade”, em um dos momentos em que fez menção a textos bíblicos.Bolsonaro lembrou da facada ao contar do reencontro de ontem com a equipe médica que prestou socorro a ele naquela ocasião. Ele mencionou que, entre os médicos, é consenso que apenas "duas em cada seis" pessoas sobreviveram a um ataque semelhante.Presidente Jair Bolsonaro durante a Marcha para Jesus em São Paulo, na semana passadaReproducao/FacebookAo público religioso, o presidente cobrou que este é o momento de não se omitir, para que o “mal não vença o bem”. Ao defender que o maior risco para o povo é “perder sua liberdade”, ressaltou que cada sociedade "traça seu destino", citando países vizinhos que foram comandados por líderes da esquerda.Sem falar o nome de adversários políticos, Bolsonaro afirmou que, para não errar na escolha para presidente, basta ver “quem defende e quem é contra” o aborto, a “legalização” das drogas, o “ensino de sexo” para crianças a partir de seis anos de idade.Para ele, a “batalha do bem contra o mal” está nesses temas. Adicionalmente, ele disse que o “outro lado quer controlar o conteúdo” acessado pela população nos aparelhos celulares, com referência às informações divulgadas nas redes sociais.O presidente defendeu que é preciso analisar a “vida pregressa da pessoa” que quer ocupar o cargo máximo da República.Bolsonaro disse ainda que, antes de assumir o governo, combateu projetos de lei e decretos presidenciais que previam a prisão de padres e pastores que se negassem realizar cerimônia de “qualquer tipo” de casamento, ou a “desconstrução da heteronormatividade” no ensino infantil.Ele afirmou que, durante o seu mandato, batalhou "por quatro meses" para fazer valer a sua indicação de um ministro “terrivelmente evangélico” para o Supremo Tribunal Federal (STF) e resistiu para manter em seu governo ministros com perfil técnico, sem ceder aos apelos de líderes no Congresso Nacional na negociação de apoio político.O presidente afirmou que tomou decisões acertadas sobre questões importantes para o país. Sobre a pandemia de covid-19, disse que comprou em tempo “milhões de doses” de vacina, dando “liberdade” de escolha à população sobre tomar ou não o imunizante. “Não errei nenhuma das minhas posições no tocante ao combate da covid”, disse.Ele novamente criticou a posição de governadores sobre a política de “fique em casa, a economia a gente vê depois”.Na área econômica, Bolsonaro disse ter conseguido frear os preços após vencer, depois de um ano, o “lobby dos combustíveis”, o que resultará na "diminuição da inflação dos alimentos".Afirmou que também teve resultado satisfatório ao enfrentar o “calcanhar de Aquiles” do Brasil, que é a importação de fertilizantes em meio à guerra no Leste Europeu. Segundo ele, o governo quer, agora, fechar um acordo de importação de diesel, dada a dificuldade de suprir o mercado interno com a produção nacional.16/07/2022 15:00:50