O empresário Elon Musk pediu nesta sexta-feira, 15, ao tribunal comercial dos Estados Unidos no qual o Twitter abriu uma batalha legal para forçá-lo a comprar a empresa que não tenha pressa para julgar a ação. Por meio de seus advogados, Musk respondeu formalmente a um pedido do Twitter para que haja um processo “acelerado” e que o julgamento seja resolvido em setembro, e argumentou que não há motivo para “precipitar-se”, segundo informou o “The Wall Street Journal”. A equipe jurídica de Musk afirmou que a “disputa sobre contas falsas e ‘spam’ é fundamental para o valor do Twitter“, e alegou que é necessário “tempo substancial” para uma investigação e que é “desnecessário” seguir um “calendário vertiginoso”. Nesse sentido, o bilionário exige um julgamento não antes de 13 de fevereiro de 2023 e ressalta que o financiamento que tem para a operação é válido até abril daquele ano. A juíza responsável pelo caso, Kathaleen McCormick, marcou uma audiência para a próxima terça-feira em Wilmington (Delaware), de acordo com relatos da imprensa local. O fundador da Tesla notificou o regulador do mercado de ações dos EUA há uma semana de sua intenção de cancelar a compra do Twitter que ambas as partes concordaram em abril, argumentando que a plataforma o enganou e não lhe forneceu os dados solicitados.
Musk refere-se, sobretudo, aos dados sobre o número de contas falsas ou “spam” (“bots”) presentes na plataforma, que a empresa coloca em cerca de 5%, mas que o empresário considera subestimados. Porém, na última terça-feira, o Twitter cumpriu a ameaça de iniciar uma batalha judicial e denunciou o empresário no Tribunal de Chancelaria de Delaware, que trata disputas comerciais, para tentar fazer com que um juiz ordene que o empresário conclua a operação. Em sua denúncia, a empresa acusou Musk de desqualificá-la, alterar suas operações, reduzir o valor para seus acionistas e outras “brechas contratuais” que mancharam seus negócios. O conselho de administração do Twitter aceitou no final de abril a oferta de aquisição de Musk no valor de US$ 44 bilhões, o equivalente a US$ 54,20 por ação, o que foi um prêmio significativo sobre o preço das ações na época e também atualmente.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan