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A mãe do homem que matou o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe doou cerca de 100 milhões de ienes (US$ 720 mil) para uma organização religiosa, segundo fontes policiais. Tetsuya Yamagami, que foi preso e detido por suspeita de assassinato, disse à Polícia da Província de Nara que guardava rancor contra a Federação das Famílias para a Paz Mundial e Unificação, conhecida como Igreja da Unificação. A polícia está investigando se a doação foi o motivo do assassinato de Abe. Tetsuya Yamagami é jogado ao chão por policial a paisana Katsuhiko Hirano/APO grupo divulgou um comunicado na quarta-feira dizendo que ainda não calculou a quantia exata que recebeu da mãe de Yamagami, mas que devolveu 50 milhões de ienes a ela entre 2005 e 2014. Yamagami disse que sua mãe se envolveu na organização religiosa e vendeu terras pertencentes a seu avô sem permissão, segundo fontes. Como resultado de suas doações, Yamagami disse que sua mãe estava falida e levou a vida familiar à ruína. Ele também disse que inicialmente tinha como alvo o chefe da organização que mora na Coreia do Sul, mas a pandemia do covid o afastou desse plano. Ele então mudou seu alvo para Abe que, acreditava Yamagami, tinha ligações com a organização. A Igreja da Unificação divulgou após o assassinato que Abe não era membro ou conselheiro da instituição religiosa. A igreja foi fundada por Sun Myung Moon, nascido no território em que hoje fica a Coreia do Norte. Conhecida também como “seita do reverendo Moon”, a igreja e organizações ligadas a ela promovem “conferências sobre a paz mundial” para as quais convida personalidades do mundo político para dar palestras. Abe foi criticado há anos por um grupo de advogados japoneses por ter enviado uma mensagem em vídeo para um evento do gênero.