Mais de 13 milhões irão às urnas em eleições presidenciais e para o legislativo no Equador neste domingo, 7. Dezesseis candidatos estão na disputa para suceder o atual mandatário, Lenín Moreno, no cargo desde maio de 2017. A maior parte das pesquisas de intenção de voto mostram o esquerdista Andrés Arauz, economista de 35 anos e aliado ao ex-presidente Rafael Correa, como o favorito. Com a pandemia, estima-se que dois milhões de pessoas estão abaixo da linha da pobreza, o que pode dar impulso ao discurso do candidato.
Arauz tem sinalizado que pretende aumentar os gastos do governo, marca dos anos de Correa no poder, e prometeu distribuir mil dólares para um milhão de famílias. Analistas afirmam que deverá haver um segundo turno, no dia 11 de abril. O principal concorrente é o conservador Guillermo Lasso, um ex-banqueiro que concorre à presidência pela terceira vez. Ele promete aumento dos investimentos estrangeiros e produção de petróleo. Lasso está confiante na vitória. Em terceiro lugar, aparece o ativista indígena B, que propõe proibição à mineração e limites às concessões de produção de óleo e gás.
O atual presidente, Lenin Moreno, chegou ao poder com a promessa de dar seguimento às políticas de Rafael Correa — mas rompeu com o ex-aliado e o acusou de corrupção e má gestão fiscal. Moreno tentou reavivar a economia com novos acordos de comércio e incentivos à mineração, mas não foi suficiente. Ele poderia concorrer a reeleição, já que está em seu primeiro mandato, mas preferiu não disputar. O voto é obrigatório para os equatorianos entre 18 e 65 anos que vivem no país.
*Com informações da repórter Caterina Achutti
Fonte: Jovem Pan