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Conta de luz deve fechar 2022 com alta média de 9,8%


Previsão é da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia. No primeiro semestre, 20 distribuidoras tiveram reajuste de tarifa A tarifa de energia residencial do brasileiro deve fechar o ano de 2022 com alta média de 9,8%, segundo previsão da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia.

No primeiro semestre do ano, 20 distribuidoras passaram por reajustes tarifários homologados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com uma variação média realizada de 13,57%.

Entretanto, há ainda outras 33 concessionárias que vão passar pelo processo de revisão tarifária e devem observar uma alta média de 5,6%, menos da metade do reajuste médio do semestre. Em conversa com o Valor, o diretor de regulação da TR Soluções, Helder Sousa, explica que a redução dos percentuais se deve principalmente ao fato de que a maior parte dos custos da crise hídrica do ano passado já foram repassados às tarifas das concessionárias cujos processos tarifários se dão na segunda metade do ano.

“No caso daquelas que passaram pelo processo no primeiro semestre, os custos extras com a crise foram repassados às tarifas apenas neste ano, pressionando os percentuais. Para algumas distribuidoras, no segundo semestre, boa parte do custo associado ao risco hidrológico já foi incluído na tarifa de 2021”, afirma Sousa.

Outro elemento que vai ajudar a desacelerar as variações das tarifas de energia é a perspectiva de aporte de R$ 5 bilhões relativos às outorgas de hidrelétricas da Eletrobras ao orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano. O montante, que já vem sendo considerado pela Aneel nos processos tarifários realizados nas últimas semanas, deve resultar numa redução média da ordem de 2,5 pontos percentuais nos reajustes deste ano.

O executivo diz ser complicado afirmar se essa alta média de 9,5% vai anular o efeito da redução da alíquota do ICMS da energia elétrica, já que o dado trata de consumidores de baixa tensão e o imposto varia de estado para estado com várias classificações por faixas de consumo e diferentes tipos.

As projeções da Ampere Consultoria apontam que as bandeiras tarifárias se mantenham verdes até o final do ano, conforme previa a agência reguladora, já que a maioria dos modelos de clima indicam que o início do próximo período úmido deverá ser marcado por chuvas dentro e até ligeiramente acima da média histórica em áreas importantes para a geração hidroelétrica, como as bacias dos Rios Grande, Paranaíba, Tocantins-Araguaia e Madeira.

Considerando essa perspectiva, a média do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) deve ser inferior a R$ 100/MWh no segundo semestre. Além disso, o risco hidrológico (GSF) deve atingir um valor mínimo na faixa de 70% a 75% durante os meses de agosto e setembro, com recuperação ao longo do último trimestre, até o atingimento da marca de 90%.

Rodolfo Clix/Pexels

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