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Commodities: Estoques caem, e café sobe 4% em NY


Algodão e açúcar também avançaram; suco de laranja e cacau fecharam em queda Depois de quatro quedas consecutivas, os contratos do café arábica para setembro subiram 4,82% (1050 pontos) na bolsa de Nova York na sessão de hoje, a US$ 2,2825 por libra-peso.

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O analista especializado em café Eduardo Carvalhaes afirma que a recuperação dos preços acompanha o fornecimento ainda limitado pelos grandes países produtores. Um sinal disso é que os estoques certificados pela Intercontinental Exchange (ICE), dona da bolsa de Nova York, caíram quase 130 mil sacas em junho e estão abaixo da metade do volume armazenado um ano atrás.

No Brasil, a colheita está mais lenta do que o normal. A Cooxupé, maior cooperativa de café do país, informou hoje que 19,16% da área foi colhida até sexta-feira passada, cerca de três pontos percentuais a menos do que em igual período de 2021. A cooperativa diz que a qualidade dos grãos ainda é boa, mas há preocupações com o clima.

Carvalhaes, por outro lado, relata que produtores de diversas regiões têm dito que os primeiros lotes beneficiados indicam uma quebra de produção maior do que o previsto inicialmente. Segundo ele, o mercado está preocupado com o impacto de uma possível recessão na economia global sobre a demanda por café.

Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou aumento de 5% na produção global de café no ciclo 2022/23, para 175 milhões de sacas. Segundo o USDA, o consumo deverá crescer 1,21%, para 167 milhões de sacas, e os estoques, 6,3%, para 34 milhões de sacas.

Produção de café no Paraná

AEN / divulgação

Açúcar

Os papéis de açúcar demerara para outubro, os mais negociados na bolsa de Nova York, fecharam o pregão de hoje em leve alta, de 0,05% (1 ponto), a 18,51 centavos de dólar por libra-peso.

Fábio Mendes, da Hedgepoint Global Markets, diz que os papéis vêm em recuperação, já que a tendência é de queda dos preços.

“O cenário de aversão ao risco deve continuar pressionando os preços. No Brasil, ainda temos a indefinição sobre a PEC 15 [que prevê incentivos fiscais para produção de biocombustíveis no país]. Se aprovada, ela pode estimular a produção de açúcar em detrimento ao etanol nas usinas, sendo, portanto, mais um fator de pressão sobre as cotações”, disse Mendes.

No médio prazo, o especialista chama a atenção para os possíveis efeitos do inverno sobre os canaviais do Centro-Sul. “É preciso entender como o inverno vai afetar as plantas. O clima com o tempo seco favorece a concentração de sacarose [quantidade de açúcar na planta] e gera mais produto, seja açúcar ou etanol. No entanto, o frio também traz risco para a formação de geadas e a ocorrência de queimadas não está descartada”, pontuou.

Ontem, a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) informou que a produção de açúcar de açúcar no Centro-Sul no acumulado da safra caiu 23,6% em comparação com a temporada passada, para 7,2 milhões de toneladas. Na primeira quinzena de junho, a produção de açúcar foi de 2,1 milhões de toneladas.

A produção de etanol também recuou. O volume total de etanol anidro fabricado desde o início da safra até o fim da última quinzena caiu 7,9%, para 2,4 bilhões de litros, enquanto a produção de etanol hidratado está 8,1% menor, em 4,6 bilhões de litros.

Cacau

As preocupações sobre a economia ainda pesam sobre os valores do cacau em Nova York. Os contratos para setembro, os de maior liquidez e também de segunda posição, caíram 1,5% (US$ 36 por tonelada), a US$ 2.366 por tonelada.

Em momentos de instabilidade econômica, o consumo de itens não-essenciais, como chocolate, costuma cair primeiro. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, disse hoje que a instituição está fazendo de tudo para conter a alta de preços no país. Mas, segundo ele, não há como garantir “um pouso suave”, informou a Dow Jones.

Algodão

Depois de entrar em queda livre e recuar mais de 20% nas últimas cinco sessões, os contratos futuros do algodão para dezembro, os de maior liquidez na bolsa de Nova York, subiram 4,3% (400 pontos) hoje, a 97,48 centavos de dólar por libra-peso. Os papéis de segunda posição, para outubro, avançaram 3,5% (359 pontos), a US$ 1,0498 por libra-peso.

Suco de laranja

O contrato para setembro do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês), o mais negociado e também de segunda posição, recuou 0,08% na bolsa de Nova York (15 pontos), a US$ 1,7150 por libra-peso.

A leve queda ocorreu após a alta superior a 3% no fechamento anterior. “O mercado vem recuperando parte das perdas da semana passada, e a tendência é de continuidade da alta dos preços”, destacou, em relatório, Jack Scoville, do Price Group.

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