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Wassef nega interferência na PF e diz que ex-ministro usou nome de Bolsonaro "indevidamente"

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“Se o ex-ministro usou o nome do presidente Bolsonaro, usou sem seu conhecimento, sem sua autorização. Ele que responda", afirmou Frederick Wassef sobre ligação de Milton Ribeiro à filha Advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef negou que o mandatário tenha interferido na Polícia Federal no inquérito que apura irregularidades no Ministério da Educação. Ao comentar a divulgação de um áudio em que Bolsonaro teria alertado o ex-ministro Milton Ribeiro sobre uma possível operação policial, Wassef afirmou que os dois não mantêm contato e que o ex-titular do MEC usou “indevidamente” o nome de Bolsonaro.

“Não existe nada entre o presidente e o ex-ministro. Eles não têm contato, eles não se falam. O presidente cuida do Brasil. Ele não é advogado e nada tem que ver com investigações contra o seu ex-ministro”, afirmou. “Se o ex-ministro usou o nome do presidente Bolsonaro, usou sem seu conhecimento, sem sua autorização. Ele que responda. Compete ao ex-ministro explicar por que é que ele usa de maneira indevida o nome do presidente da República.”

Escândalo põe voto evangélico em xeque

Ribeiro foi preso na quarta-feira em seu apartamento em Santos pela Polícia Federal, em um inquérito que apura a atuação do ex-ministro e de dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura em um esquema para liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação).

Ribeiro foi solto ontem por ordem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Mas o Ministério Público Federal (MPF) pediu o envio de parte do caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar uma possível interferência do presidente Bolsonaro na investigação.

Ao longo do dia, a imprensa revelou gravações telefônicas feitas pela PF que sugerem essa interferência. Em uma delas, Ribeiro diz em conversa com sua filha ter sido alertado por Bolsonaro no último dia 9 de maio sobre a possibilidade de uma operação policial em sua casa.

Wassef, porém, nega qualquer ato ilegal de Bolsonaro, e afirma que ele não tem nenhum vínculo com o caso.

“O presidente Jair Bolsonaro não tem nada, absolutamente nada que ver com esse caso, com essa operação, com esse inquérito. Ele não é investigado. Ele não tem nenhum vínculo, elo ou relação. Uma vez mais, o presidente Bolsonaro é vítima de mentiras e fake news, em uma farsa de dizer que ele interfere na Polícia Federal”, afirmou.

Ele disse ter falado com Bolsonaro, que negou ter conversado com Ribeiro e, segundo ele, está “zero preocupado” com o caso.

“Eu conversei com o presidente e não existe nada disso. O presidente está zero preocupado porque essa história não existe. É vítima de mentira mais uma vez, calúnia, fake news”, afirmou. “O presidente não tem nenhuma informação sobre nenhuma investigação. O que estão perguntando é se o presidente comete crimes. Não, o presidente Bolsonaro é vítima de crimes. Não comete crimes, não tem acesso a nenhuma informação privilegiada e não interfere na Polícia Federal.”

Wassef comparou o atual escândalo com as acusações feitas contra ele pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro que, em 2019, também apontou interferência do mandatário na Polícia Federal. E acusou o MPF de cometer “crimes graves” com fins políticos e “para atingir a imagem e reputação do presidente”.

“Nós estamos vivendo a repetição da farsa que aconteceu no passado, quando houve a imputação de que ele interferiu na Polícia Federal no caso do ministro Sergio Moro”, afirmou. “O que está havendo no caso hoje são crimes graves cometidos por autoridades públicas que deveriam fiscalizar a lei, os chamados fiscais da lei, que estão criminosamente vazando este inquérito que tramita em segredo de Justiça. Alguém está lá dentro vazando este material, tirando de contexto, para gerar matérias jornalísticas com o único objetivo de fim político, para atingir a imagem e a reputação do presidente Jair Bolsonaro.

O defensor de Bolsonaro disse que os vazamentos estão sendo feitos “a conta-gotas”. E disse ter sido informado por jornalistas que o procuraram mais cedo de que haverá novos vazamentos, que ele não descreveu quais seriam.

Wassef também desafiou o delegado Bruno Calandrini, da Polícia Federal, a debater com ele sobre a suposta interferência de Bolsonaro. Calandrini apontou “interferência superior” nas investigações, embora não tenha citado nenhuma autoridade específica.

“Eu desafio o delegado da Polícia Federal vir aqui em frente às câmeras e falar que o presidente Bolsonaro interferiu”, afirmou. “Eu faço aqui um desafio à autoridade policial federal que venha aqui fazer um debate conosco diante das câmeras de TV e afirmar que o presidente Bolsonaro interferiu na PF.”

O advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, em foto de arquivo

Daniel Marenco/Agência O Globo

Fonte: Valor Invest

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