Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

valor

Privatização da Petrobras não ocorrerá no curto prazo, diz André Esteves


“Ter essa discussão é um enorme avanço. Quando será privatizada eu não sei, sou totalmente a favor”, disse o fundador e presidente do conselho de administração do BTG Pactual Uma eventual privatização da Petrobras não deve acontecer no curto prazo, mas as discussões sobre o assunto apontam que há grande evolução da sociedade a este respeito. Essa é a visão do fundador e presidente do conselho de administração do BTG Pactual, André Esteves.

“Não acho que vai acontecer nada com a Petrobras agora, no curto prazo. Ter essa discussão é um enorme avanço. Quando será privatizada eu não sei, sou totalmente a favor”, disse, ao participar do 21º Fórum Empresarial Lide.

Futuramente, disse, a empresa pode se tornar uma corporation, a exemplo da Vale ou da Eletrobras, ou ainda, haver um fatiamento da companhia como aconteceu com a Telebrás, décadas atrás, com a criação de várias empresas de telecomunicação. O BTG foi o coordenador-líder da oferta de ações da Eletrobras, dentro do processo de privatização da empresa.

Do lado da economia local, o executivo disse estar “um pouco mais pessimista com o mundo e um pouco mais otimista com o Brasil”. “Tivemos um ciclo de seis anos de reformas, que não foram poucas”, afirmou. Segundo Esteves, é por causa das reformas que o país terá um crescimento perto de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Neste ano, os investimentos privados em relação ao PIB serão maiores que os investimentos públicos, que por sua vez, serão os menores dos últimos 40 anos.

O momento atual é de grande polarização política e “declarações infelizes”, acrescentou. “Tem muita fumaça no espelho e tem um mundo hostil. Nos anos que estão à frente, temos que nos concentrar mais na agenda reformista. O mundo será mais difícil do que nos últimos anos.”

O executivo afirmou que a inflação é um problema global e a alta dos preços no Brasil, de cerca de 10%, está mais ou menos em linha com a Inglaterra, de 9,1% e a dos Estados Unidos, de 8,5%.

“Vivemos uma inflação global. Os bancos centrais, de maneira geral, estão muito atrás da curva do combate inflacionário. Aqui no Brasil, o BC partiu um pouco mais tarde, mas antes de todos os outros [BCs]. Agora, infelizmente, é um período ruim, que os juros vão subir mais um pouquinho, mas não tem outro jeito”, disse.

A economia americana certamente passará por uma recessão, segundo o executivo. “Foram 15 anos de juro real negativo e, por conta da pandemia, houve a maior expansão fiscal já conhecida. A guerra rompeu as cadeias produtivas globais. A transição energética é necessária, mas é inflacionária”, elencou.

Claudio Belli/Valor - 19/6/2015

Valor Invest

Valor

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!