Valor Invest
Maio de 2018 foi marcado pelos efeitos do movimento que parou estradas em todo o país e resultou em um tombo da prévia do PIB de 3,11% Apesar do descontentamento geral com reajustes dos preços dos combustíveis, uma nova paralisação, em grande escala, dos caminhoneiros é vista como algo difícil de acontecer, segundo líderes de entidades que encabeçaram as negociações com o governo Temer na greve de 2018, quando a categoria parou por dez dias. O mês de maio daquele ano foi marcado pelos efeitos do movimento que parou estradas em todo o país e resultou em um tombo da prévia do PIB de 3,11%.Embora o presidente da Associação Brasileira de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, esteja constantemente dando declarações na linha de que a “categoria vai parar por falta de condições de rodar”, os atos da categoria em protesto à Petrobras e ao governo federal têm tido pouca adesão. Zé Trovão, que assim como Chorão surgiu como liderança espontânea no movimento de 2018, também tem dado declarações inflamadas contra a estatal, mas com pouco sucesso na capacidade de mobilizar os colegas. “Não se esqueça que estamos em ano eleitoral. Muitos vêm para aparecer. Vejo dificuldades em uma paralisação. Nunca vou descartar o sim, mas hoje eu não acredito que aconteça ainda”, disse ao Valor um dos líderes das entidades que negociaram com o governo Temer em 2018. No fim do ano passado, uma greve convocada por Chorão, junto com à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), e respaldada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), não vingou. Os organizadores culparam o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF), que na ocasião atendeu pedido da União e proibiu bloqueios nas estradas.Líderes de entidades de caminhoneiros que encabeçaram negociações com governo Temer na greve de 2018 acham paralisação improvável Tânia Rêgo/Agência Brasil