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Mesmo sob estado de exceção, manifestações se tornam mais violentas no Equador

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Os manifestantes exigem a redução do preço do gasolina, o congelamento dos preços de produtos da cesta básica e um orçamento maior para educação, entre outras reivindicações Apesar do estado de exceção decretado na véspera, dezenas de veículos com indígenas perseguiam e bloqueavam ônibus de transporte público no Equador nesta terça-feira (21) para furar os pneus e forçar os passageiros a caminhar, informa a Associated Press.

Os principais focos de protesto se concentraram no norte e sul da capital, enquanto um grupo menor estava no centro de Quito, dentro da estatal Universidade Central. Várias ruas e avenidas da cidade foram bloqueadas por manifestantes e com barricadas de pneus queimados e montes de terra.

Desde o início da manhã, centenas de policiais e soldados do Exército fortificaram com arame farpado a região em torno do Palácio Carondelet, sede do governo nacional para onde os indígenas tinham programado marchar nesta terça-feira.

Em um pronunciamento por rádio e TV, o ministro da Defesa, Luis Lara, afirmou que as Forças Armadas veem com grande preocupação “a manipulação dos protestos sociais e o crescimento da violência por parte daqueles que rejeitaram o diálogo com o Estado”. O ministro da Defesa alertou que “a democracia está em risco”.

Ele acrescentou que “essas ações vão além do protesto dos cidadãos, e são uma tentativa deliberada de usar a violência armada para atacar a democracia, ameaçar as instituições”. “As Forças Armadas não permitirão tentativas de quebrar a ordem constitucional”, advertiu.

Diante do conflito, o Ministério da Energia declarou estado de força maior para todos os operadores de hidrocarbonetos e todas as fases da indústria petrolífera do país para evitar possíveis ações judiciais por quebra de contrato. Isso porque os protestos e as sucessivas tomadas de instalações forçaram o fechamento de cerca de 609 poços produtores na Amazônia, com uma perda diária de produção de cerca de 30.000 barris, o equivalente a US$ 17 milhões.

Desde o começo da semana passada, a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) mantém, por tempo indeterminado, uma greve nacional que afetou especialmente três províncias equatorianas. Os manifestantes exigem a redução do preço do gasolina, o congelamento dos preços de produtos da cesta básica e um orçamento maior para educação, entre outras reivindicações.

As manifestações provocaram o bloqueio intermitente de estradas impedindo a passagem de veículos particulares e cargas, o que provocou escassez de alimentos e combustível em algumas cidades, incluindo a capital.

Em resposta, o presidente do país, Guillermo Lasso, decretou na segunda-feira (20) um estado de exceção que restringe a liberdade de reunião e impõe toques de recolher em três províncias — incluindo Pichincha, onde fica Quito.

Fonte: Valor Invest

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