Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

valor

Commodities: À espera de relatório dos EUA, grãos caem em Chicago

Imagem de destaque da notícia
Soja, trigo e milho recuaram nesta sexta-feira Os contratos de soja para julho, os de maior liquidez na bolsa de Chicago, encerraram o último pregão da semana em queda de 1,82% (31,50 centavos de dólar), a US$ 16,9775 o bushel. Os papéis de segunda posição, para agosto, por sua vez, caíram 1,51% (25 centavos de dólar), a US$ 16,3375 por bushel.

LEIA TAMBÉM:

Receio com a demanda pressiona café, que recua em Nova York

Preços de alimentos caíram pelo segundo mês seguido, diz FAO

Após o contrato para julho subir mais de 2% no pregão de ontem, o mercado retraiu-se antes do fim de semana e agora concentra suas atenções no próximo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na próxima semana.

“A razão para um foco maior sobre esse relatório é a guerra. O principal interesse recairá sobre os dados de produção e exportação em regiões próximas ao Mar Negro, especialmente na Ucrânia, que tem um grande volume de reservas de safras antigas que ainda precisa exportar”, disse, em relatório, Karl Setzer, da AgriVisor.

Na sexta-feira, o USDA informou que o saldo líquido das vendas americanas de soja (resultado de novos contratos e cancelamentos) da temporada 2021/22 foi de 11,6 mil toneladas na semana encerrada em 26 de maio. O volume é 60% menor que o da semana anterior e 77% inferior à média das últimas quatro semanas. Para 2022/23, os cancelamentos superaram as vendas em 284 mil toneladas.

Lavoura de soja em Minas Gerais

Divulgação

Trigo

Os contratos de trigo para julho, os de maior liquidez no momento em Chicago, fecharam o dia em queda de 1,72% (18,25 centavos de dólar), a US$ 10,40 por bushel. Os papéis da segunda posição, com vencimento para setembro, caíram 1,68% (18 centavos de dólar), a US$ 10,5175 por bushel.

A indefinição nas negociações sobre a exportação de grãos pelo Mar Negro continua a dominar o mercado do cereal. As conversas com a Rússia avançaram ao longo desta semana, mas ainda não houve acordo concreto.

“A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que as negociações entre os dois países estão avançando, mas ainda há um longo caminho a percorrer antes que qualquer acordo possa ser concluído”, disse o analista de grãos do Price Group, Jack Scoville.

O Zaner Group destacou as ações de autoridades russas para a liberação das exportações de grãos na Ucrânia. “O Ministério da Defesa da Rússia indica que os navios que transportam grãos podem deixar os portos da Ucrânia no Mar Negro via corredores humanitários, com a Rússia está pronta para garantir a segurança das embarcações”, diz o relatório, citando informações da agência de notícias Interfax.

A consultoria mencionou ainda os dados da consultoria SovEcon, que elevou sua previsão de exportação de trigo na Rússia para 42,3 milhões de toneladas em 2022/23. A projeção é 1,3 milhão de toneladas maior que a anterior.

O USDA informou que as vendas líquidas de trigo americano somaram 700 mil toneladas na semana encerrada em 26 de maio, volume 98% menor que a média móvel de quatro semanas. Outras 372,3 mil toneladas foram negociadas para 2022/23, temporada que, no caso do trigo, começou em 1º de junho. Os embarques do cereal no período somaram 372,7 mil toneladas, uma alta de 25%.

Milho

O milho desvalorizou-se na bolsa de Chicago nesta sexta-feira, acompanhando o fraco desempenho das vendas americanas ao exterior. O contrato para julho, o mais negociado, caiu 0,45% (3,25 centavos de dólar), a US$ 7,27 por bushel, e o papel para setembro recuou 0,5% (3,5 centavos de dólar), a US$ 7,0125 por bushel.

O USDA informou que os exportadores do país negociaram 185,8 mil toneladas de milho da safra 2021/22 na semana até 26 de maio, volume 52% menor do que a média das últimas quatro semanas. Os EUA também venderam 48,7 mil toneladas do ciclo 2022/23. Já os embarques de milho — volume que de fato deixou o país — caíram 13% na semana encerrada em 26 de maio, para 1,6 milhão de toneladas.

O crescimento da produção de etanol nos EUA também deu suporte aos preços. Na semana encerrada em 27 de maio, os EUA produziram 1,071 milhão de barris por dia, em média, volume 5,6% maior que o dos sete dias anteriores. Já os estoques do biocombustível no país caíram de 23,7 milhões para 22,96 milhões de barris.

Segundo a Dow Jones Newswires, o ritmo de fabricação do biocombustível ficou acima das projeções do mercado. “O último relatório da EIA está nos mostrando os melhores números de etanol em muitos meses", disse Donna Hughes, da StoneX, ao jornal "The Wall Street Journal".

Fonte: Valor Invest

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis