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Meta e Twitter enfrentam protesto de fundo de pensão por falharem em remover vídeos de tiroteio

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Fundo de Aposentadoria Comum do Estado de NY pediu que acionistas não reelejam diretores das empresas, após falha na remoção de vídeos postados nas plataformas mostrando o assassinato de 10 pessoas em Buffalo Um grande fundo de pensão de Nova York (EUA), que investiu tanto na Meta, controladora do Facebook, quanto no Twitter, acredita que é hora de sacudir os conselhos de administração das empresas por sua incapacidade de manter conteúdos violentos fora de seus influentes serviços de mídia social.

O Fundo de Aposentadoria Comum do Estado de Nova York descreveu suas queixas contra a Meta Platforms, proprietária do Facebook, e o Twitter em cartas apresentadas nesta segunda-feira (23) à SEC, Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, antes das assembleias anuais de acionistas das empresas.

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As cartas de Thomas P. DiNapoli, controlador de Nova York, criticaram o Facebook e o Twitter por não impedirem a distribuição de vídeos dos assassinatos em massa que ocorreram em um tiroteio, no último dia 14, em um supermercado de Buffalo, Nova York.

O tiroteio foi transmitido ao vivo na plataforma de conteúdos de games Twitch, da Amazon, por um jovem autoproclamado supremacista branco, acusado de matar dez pessoas. A Amazon disse ter bloqueado o vídeo em dois minutos, mas as cenas perturbadoras continuaram a surgir no Facebook e no Twitter, levando DiNapoli a atacar as empresas por sua falha em “controlar a disseminação de discursos de ódio e de conteúdos que incitam a violência”.

Policial de guarda em frente ao supermercado onde um tiroteio matou ao menos dez pessoas no dia 14 de fevereiro, em Buffalo, NY (EUA).

AP Photo/Matt Rourke

Em protesto, DiNapoli disse que os fundos de pensão votariam contra os diretores da Meta e do Twitter, que buscam ser reeleitos nas respectivas reuniões do conselho das empresas, marcadas para a quarta-feira (25) e pediu que outros investidores também discordem dos candidatos.

Nove diretores da Meta, incluindo o CEO e acionista controlador Mark Zuckerberg, estão concorrendo à reeleição.

Apenas dois dos nove diretores permanentes do Twitter precisam ser reeleitos na reunião anual deste ano. Os termos dos outros sete diretores do Twitter expiram no próximo ano ou em 2024, mas eles podem sair de cena se Elon Musk, CEO da Tesla, concluir uma proposta de compra de US$ 44 bilhões pelo Twitter, que está, atualmente, no limbo.

Outro lado

Procuradas, a Meta e o Twitter não quiseram comentar a carta de DiNapoli, mas defenderam seus controles de conteúdo, incluindo seus esforços para impedir que as imagens do tiroteio em Buffalo reaparecessem.

Parece improvável que a oposição do fundo de pensão de Nova York aos conselhos da Meta e do Twitter resulte em alguma mudança, já que a instituição não está entre os 15 maiores acionistas de nenhuma das empresas, segundo a FactSet Research.

Em 31 de março, o fundo de pensão disse que possuía ações da Meta avaliadas em US$ 1,1 bilhão, o que se traduziu em cerca de 4,9 milhões de ações na época. Em comparação, o maior acionista da Meta, o Vanguard Group, possui mais de 171 milhões de ações da empresa, ou uma participação de 7,4%, segundo a FactSet.

O fundo de pensão de Nova York possuía cerca de 894 mil ações do Twitter no fim de março, enquanto o Vanguard Group, que também é o maior acionista da plataforma, contava com mais de 79 milhões de ações ou uma participação de 10,4% na empresa, segundo a FactSet.

Fonte: Valor Invest

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